no fim da linha do horizonte bebi água
benta abençoada da fonte água potável
do pote água doce da moringa
aguardente boa forte cachaça pinga de
cabeça na cabaça na cuia na cumbuca
para encher o regaço de cauim batida
no pilão no pé do fogão à lenha no
cuspo no chão masquei fumo de rolo
cheirei rapé fumei cigarro de palha
não me atrapalha com as tralhas tálias
jarros vazios panelas de barro tabatinga
argila engenho cana caiana felizmina
felizmente donana naninha nonada
não vó vô vou voo voou passarinho do
ninho espantou feio menino ladino
malino sem destino na água barrenta
do rio riacho regato córrego pinguela
cancela ribeirão meu coração sangra
açude acode acorde trovão olha a chuva
não corres não que é em vão faz ficar
são cura saracura pendura pindaíba
rapariga levanta saia mostra os tesouros
vales morros grutas valas locas cavernas
florestas virgens negras pretas índias
ciganas dizes com quantos paus se faz
uma canoa varoa varão cajado vara
consolo consoles a viúva que viu a uva
no terreiro no terreno provou do veneno
não mais levantou nem abaixou a saia a
luz do poste do lampião iluminou o caminho
BH, 0150102025; Publicado: BH, 020202025.
Nenhum comentário:
Postar um comentário