que foi um romance
e uma
crônica
e uma prosa
e uma
ficção mas
o certo é que
comecei uma pré-história de
amor
que contava um amor
rupestre
ou um amor cipreste
fossilizado
dum coração que foi
encontrado
quando o paleontólogo
partiu
uma pedra estranha que
viu
no meio do caminho
e
descobriu o tesouro que teve
a vida toda
decifrada das
páginas de pedras que
estavam
camufladas nas paredes
das
cavernas
e quardou essa joia
que
já tinha sido de carne
e sangue
e veias
e vasos
e
nervos
e agora jazia aprisionada
calcifiada
no seio da rocha
que por acaso ficou
no meio
do caminho a indicar o pergaminho
e o papiro
e o manuscrito
feitos de carvão de granito
que veio do céu quando
o fogo
foi mandado do infinito para
ser
a herança do terrestre
e
que como um passe de mágica
mudou a
vida do terráqueo que
vagava errante pelo
planeta a
procurar onde enterrar
o seu
coração mas
o fogo que o fez
melhor fez com que
pensasse
que um deus que o mandou
nesse
legado tão cheio de dádiva
e
que agora é uma dívida que
a
humanidade nunca poderá pagar
a não ser quando todo exemplar
humano
for cremado
e só restar
o fogo
no santuário do caos
BH, 01801202022; Publicado: BH, 0130202023.
Nenhum comentário:
Postar um comentário