segunda-feira, 6 de março de 2017

Estou acostumado a perder nunca achei nada; BH, 0120102011; Publicado: BH, 060302017.

Estou acostumado a perder nunca achei nada
Do que procurei quando perdi perdi o nascer do sol
As cores da aurora a maravilha da metamorfose
Do fim da noite com o nascer do dia
Isso é o que lamento é o aumento do meu
Choro são coisas que não adquirirei jamais
Perdi a infância de menino interiorano
Os mistérios dos quintais os universos dos
Terreiros a poesia das poeiras das ruas vazias
Os filmes imaginários nos quartos a descoberta
Da luz que entrava pelos buracos frestas das
Paredes portas janelas projetava nalgum
Lugar do escuro as imagens do lado
De fora perdi a hora o minuto o segundo
Todas as namoradas que quis desejei
Fluíram por entre os dedos das minhas mãos
Não as segurei viraram líquidos derramados
Logo logo perdi vontade ânimo fogo não
Virei o jogo que tanto quis empatar para
Não perder de goleada optei pela retranca
Não joguei para a torcida não fiz bonito
O resultado foi este placar desfavorável tive que
Sair de cena sumir para o resto da vida
Como recuperar agora o embalo das ondas do
Mar aquele ir vir aquele vai vem
Ou às vezes aquelas torrentes de borbulhões que
Magoavam corações de mineirinhos iguais a mim
Corações que ficavam surpresos gelados que se
Tornavam doces no contraste salgado d'água
Do mar como vou achar de novo essas ondas milenares?
Como vou reencontrar esses tesouros perdidos?
Tanto acostumado a perder agora sinto
Falta não como se perdesse um bem comum
É como se perdesse a vida o de mais
Valioso que pode proporcionar é como
Se o ar faltasse a água não matasse a sede
O pão não matasse a fome quando olho para a
Noite não vejo mais os pirilampos quando
Aguço os ouvidos não ouço mais a sinfonia
Noturna o silêncio da madrugada os madrigais
Maravilhado percebo o quão pobre sou sinto o
Quanto estou tão perto do Senhor


Estou acostumado a perder nunca achei nada; BH, 0120102011; Publicado: BH, 060302017.

Estou acostumado a perder nunca achei nada
Do que procurei quando perdi perdi o nascer do sol
As cores da aurora a maravilha da metamorfose
Do fim da noite com o nascer do dia
Isso é o que lamento é o aumento do meu
Choro são coisas que não adquirirei jamais
Perdi a infância de menino interiorano
Os mistérios dos quintais os universos dos
Terreiros a poesia das poeiras das ruas vazias
Os filmes imaginários nos quartos a descoberta
Da luz que entrava pelos buracos frestas das
Paredes portas janelas projetava em algum
Lugar do escuro as imagens do lado
De fora perdi a hora o minuto o segundo
Todas as namoradas que quis desejei
Fluíram por entre os dedos das minhas mãos
Não as segurei viraram líquidos derramados
Logo logo perdi vontade ânimo fogo não
Virei o jogo que tanto quis empatar para
Não perder de goleada optei pela retranca
Não joguei para a torcida não fiz bonito
O resultado foi esse placar desfavorável tive que
Sair de cena sumir para o resto da vida
Como recuperar agora o embalo das ondas do
Mar aquele ir vir aquele vai vem 
Ou às vezes aquelas torrentes de borbulhões que
Magoavam corações de mineirinhos iguais a mim
Corações que ficavam surpresos gelados que se
Tornavam doces no contraste salgado d'água
Do mar como vou achar de novo essas ondas milenares?
Como vou reencontrar esses tesouros perdidos?
Tanto acostumado a perder agora sinto
Falta não como se perdesse um bem comum
É como se perdesse a vida o de mais
Valioso que pode proporcionar é como
Se o ar faltasse a água não matasse a sede
O pão não matasse a fome quando olho para a
Noite não vejo mais os pirilampos quando
Aguço os ouvidos não ouço mais a sinfonia
Noturna o silêncio da madrugada os madrigais
Maravilhado percebo o quão pobre sou sinto o
Quanto estou tão perto do Senhor

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