domingo, 13 de fevereiro de 2011

João do Amaral..., Aqui jaz; BH,0130202011.

Aqui jaz
Quantas páginas arrancadas?
Quantas laudas já refeitas,
Melhor escritas, melhor acabadas?
Quantos mortos
Guardo dentro de mim?

Por isso abri o poema
Declamando um "aqui jaz"
E encerrá-lo-ia apenas
Com um sonoro "Descance em Paz".
Mas de algo tão remoto falo
Que termino como se cantasse
Uma missa fúnebre da antiguidade:
"REQUIESCAT IN PACE".

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