Heroi como os herois da Grécia em rumo ao porto
Da Cólchida no ardor da aurífera conquista,
Ei-lo a encosta a escavar, na crença de que existia
O almejado filão, que viu no sonho, absorto.
Luta feroz, minaz, sem trégua e sem confôrto;
E pôsto que a montanha aspérrima resista,
Brandindo sempre o alvião, fitando a fundo a vista,
Há de o veio ferir ou estatelar-se morto.
Investe... Falta-lhe o ar. O acrólito intradorso
Da galeria o fere. E mal se lhe equilibra
No antro sem luz o corpo ousadamente torso!
Mas investe... A exaustão empolga-o, fibra a fibra.
De súbito, entre a glória e o horror do extremo esfôrço,
Cai num grito... e o filão relampagueia e vibra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário