segunda-feira, 11 de agosto de 2025

ai se tivesse o dom de preencher todas as folhas que

ai se tivesse o dom de preencher todas as folhas que
caem das amendoeiras das tamarindeiras
das gameleiras com letras a ser levadas pelos ventos das tardes de todas as estações até
que cheguem à andrômeda ou outras vastas
galáxias mais distantes ai se tivesse um dom
de preencher com palavras as folhas das
relvas das selvas as seivas das árvores
genealógicas ou das árvores das ciências do
bem do mal de gaia da pedra fundamental
da pedra filosofal da caixa de pandora da
panaceia que curam a civilização expande a
evolução perpetua a revolução a decretar
que ninguém mais sofreria não nem criança
morreria de fome ou de sede ou escuridão a
mulher morta pelo homem ai quem me dera
uma espera de esperança de sonho de paz de
criança sem pesadelo sem medo ou angústia
desespero ansiedade só felicidade de mãe a
amamentar de pai a cingir o filho no seio
sem receio nenhuma bomba irá mais cair do
céu nenhuma mina arrancará mais pernas
de meninas seu moço me segura se não vou
dar um troço não quero mais guerra na terra
enterra tuas convicções teus canhões teus
colhões lá no cu do judas aqui não pões no
meu nem no meu torrão decretei paz no
coração da humanidade nos sem idade da
raça rara humana nos sem anos do ser vivo
humano raro quem fizer guerra agora aqui
há de se ver comigo correrá perigo estou
bem armado de lápis papel caneta nas
mãos o que escrevo gera reação de
geração em geração nem o bom deus
concede o perdão da total remissão

BH, 070702025; Publicado: BH, 0110802025.

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