segunda-feira, 4 de agosto de 2025

de repente desperto para uma nova era

de repente desperto para uma nova era
as crianças agora dormem em paz na terra
os homens acabaram com as guerras o sol
continua nascente poente nas serras não se
fala mais em fome sede infelicidade tudo se
encerra dos céus não caem mais bombas a
arder os seres vivos todas as armas atômicas
nucleares foram desativadas as pálpebras de
todos pesam com o sono da inocência os
cílios as pestanas entrelaçam-se só se pode
enxergar do amor do perdão as centelhas
sob as sombras das sobrancelhas já a
maldição dos malditos as malvadezas dos
malvados as maldades dos males dos maus
foram todas ao chão bem enterradas em
covas profundas o planeta respira numa
atmosfera renovada o ar não é mais
rarefeito poluído pesadão encardido os
pássaros voam livres das gaiolas viveiros
arapucas alçapões a flora está abençoada a
fauna resguardada ninguém mais agride
ninguém todo mundo acordou vivo no
paraíso terreal real como se estivesse sido
arrebatado ao celestial à essa nova vida de
sonho de criança de mulher no embalo do
ato do gozo do amor que regalo para o
regaço sagrado a mulher no seu devido
lugar tal santa num altar deusa num andor
inviolável intocável só a servir ao amor ou
musa dalgum poeta louco sempre apaixonado

BH, 090702025; Publicado: BH, 040802025.

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