definitivamente pararam os movimentos da
sístole da diástole o meu quase saiu pela boca
impedi-o com a palma da minha mão enquanto
o universo num grito infinito explodiu meus
tímpanos o caos implodiu meu cérebro vaguei
pelo espaço eterno a procurar a morte sem
sorte ainda não encotrei a minha ou já a
encontrei não sei pois agora não sei de mais
nada como nunca soube nem nunca saberei
porém para que saber dalguma coisa depois da
última batida do teu coração? bom mesmo
então é não saber nunca de nada nem de
agradecer ou de pedir perdão ou de pedir paz ou
de pedir amor ou de dar amor amar serei
homem comum do lugar comum mau a fazer o
mal sem igual nunca o bem sem olhar a quem
todo homem para ser homem tem que ser
assim sangue nos olhos ódio na face
preconceitos na voz igual à uma pessoa
salafrária tal a um pastor malafaia ainda um
macedo a falar em nome de deus a prometer
os céus a pregar a salvação a ser reverendados
reverenciados pelo gado cristão evangélico ou
não gado é gado em qualquer religião ou em
qualquer ocasião seguirei solitário sempre
sozinho o teu coração o meu já não me
pertence jaz já o levaste contigo quando
partiste só o arcabouço do meu peito vazio
agora é que exala no exílio da minha rua esse
mau cheiro de cadáver em decomposição
BH, 070702025; Publicado: BH, 0190802025.
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