Ansiado por algo de inusitado que não
Acontece uma febre uma gripe um resfriado
Uma constipação uma infecção assombrado
Por medo da realidade sem conhecer a
Verdade assustado pela covardia unânime
Na alma no ser no espírito a depressão
Que prostra o corpo no chão é um abcesso
No cérebro a latejar a razão um tumor no
Cerebelo a detonar a intuição a percepção
Fica escondida atrás das retinas bombardeadas
A laser analisada por caleidoscópio a
Paisagem para de vibrar a fímbria
É o fim do universo que começa o
Inverso a guiar uma mão que
Implora um pedaço de pão ao som
Dum trovão à luz dum raio de
Premonição ai quem me dera ser
Aquela vela a perder-se além daquele
Horizonte daquele oriente não é uma
Vela é uma estrela é uma toalha branca
Num varal a corar minha mãe foi quem
Estendeu depois de lavá-la é muita roupa
Pouco sabão água quase nenhuma tanque
Não tem é pedra é anil na beira do
Rio lá se foi a pele da mão a preta
Ajudava calada não sabia falar não
Sabia escrever não sabia rezar mas
Sabia foder dava para uma fauna
Sedenta de quem não tinha o
Que comer um dia cansado o
Tempo parou alquebrado as horas
Caíram dos telhados a noite adentrou-se
De boca aberta a engolir o dia a vomitar
Astros na imensidão os enamorados correm
Aos beijos ao amor às juras de vida eterna
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