Uma âncora para fundear os navios
Uma baia de salvação um porto de
Angra um cais de invenção o marujo
Perdido o marinheiro em alto-mar o
Náufrago de refrega espera a bonança
Depois da procela do vendaval do
Temporal ó naus caravelas infelizes que
Desenharam histórias doutros torrões à
Flor d'água correntes que aprisionaram
Gentes libertadas noutros continentes
Os mapas mudaram o mundo o mundo
Mudou o homem o homem não mudou
A si mesmo depois de tantos morrerem
Para que o homem fosse homem o
Homem é pueril alma de menino um
Infantojuvenil mas só não é homem
Jogado de onda em onda levado de
Mar em mar afogado de oceano em
Oceano não vê a terra chegar a
Cada braçada mais distante está nada
Nada nada a areia muda de lugar o
Sonho galopou para longe numa
Tempestade a obra afundou a arte
Secou na fonte com tanta água na
Fronte marinheiro desgraçado que
Pensava que era deus que dominava
Ventos sóis luas marinheiro caminheiro
Marítimo bálsamo de maresia âmbar de
Iguaria sangue de coração destemido de
Olhar aguerrido que fura as paisagens
Quando um negror pontua no horizonte
Um coração soluça de ansiedade
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