não prende o pum não que dá nó nas tripas
deixava minha mãe em saias curtas muitas
vezes a mim em alegria das coisas que fazia
sentada no quintal do barraco onde morava
ao me mandar à cozinha pegar na moringa
uma pinguinha todo mundo pensava que a
moringa era de água porém era de cachaça
acende meu cigarro na brasa do fogão para
mim aproveita leva a canequinha no fundo
já sabia que o restinho de pinga que deixava
era para mim para dar meus primeiros golinhos
ao mandar acender o cigarrinho de palha já
entendia também que era para dar meus primeiros
traguinhos quando as putas da rua francisco
sá iam lá para rezas preces orações ladainhas
terços da minha avó aí era uma alegria maior
nas brincadeira nas bolinaçoes nas pegações
nos correr das mão bobas daqui dali de cá de
lá nada de lógica nada de ética de maldade
de ruindade preconceito tudo tinha direito
era tudo da lei nas compras com a minha
mãe minha avó no descuido dos feirantes
levava de graça mais do que minha mãe
pagava ainda me presenteava com o que
conseguia levar das lojas da rua direita do
centro da cidade ai que saudades ai que alívio
dizia o padre quando acabava a procissão a
missa no altar com a minha avó a me levar
embora para casa seguro pela mão o padre
da paróquia de nossa senhora falava até um amém
BH, 0170702025; Publicado: BH, 0210702025.
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