Olho para as paredes são mais vivas do que sou
Zombam de mim riem escarnecem na minha
Cara são o que sustentam-me dão-me apoio
Quando volto a cambalear de bêbedo embriagado
Para casa são mais sábias sabem que podem
Têm o direito de fazerem isso olho para as
Paredes estão dentro de mim choro riem
Humilham refletem minhas sombras da
Maneira que querem não da maneira que
Quero refletem minhas silhuetas meus vultos
Trevas com toda a perfeição da verdade
Não adianta esconder-me atrás de mim sou
Fluido líquido ar sou terra pedra sal
Sou nuvem areia palha cisco de quintal
Sou simples assim grama de jardim cal
Tinta tudo artificial na tabela periódica
Não encontro os meus números nem atômico
Nem de massa nem tenho símbolo de
Representação na química orgânica ou
Inorgânica não faço parte de cadeia de
Formação na física não existo no sistema
Nem na equação desconheço o meu
Vetor a solução de E=mc² sou um corpo
Sem energia massa luz velocidade estou mais
Para as trevas do que para a cal da
Luminosidade das paredes brancas dos
Cemiteriozinhos que refletem a luz prateada
Do luar olho para as paredes não enxergo
Nada ao contrário enxergam tudo de mim
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