Crostas crestas de costados quentes
Nasceu velho morreu novo viveu ao
Contrário do espelho de bicho
Virou gente de noite gerou dia da
Morte construiu vida cerziu os furos
Dos rasgos dos espaços com agulhas
Imantadas linha do horizonte fincou
O pé fundamental na pedra inda
Incandescente perdeu a sola mas
Entrou para a pré-história nascente
Pisou a carne viva do chão com
Sangue cauterizado fazia a primeira
Aparição de rabiscos de caverna não
Quis nascer amanhã procrastinou o
Máximo que pode quase matou a
Mãe no dia do parto pelado
Primeiro caiu uma perna depois caiu
A outra um braço outro braço o
Tronco enfim a cabeça conforme
Contava a vovó a nos meter medo de
Gente gente canibal roedores de
Cérebros comedores das carnes da
Alma do espírito nada fez de
Bonito não ganhou dinheiro se
Impunha no grito animal favorito
Cujo dono encurtava o cabresto a
Cada dia diferente em dia no qual
Todos diziam que era igual azul adeus
Minha mãe até um dia será plena alegria
De almas em júbilo a encontrarem-se
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