E nenhum bailéu sustenta-me mais nem no andaime
Sustentado por cabos por onde trabalham
Pedreiros e pintores e também não sustenta-me
Mais na dobra costurada na extremidade dum
Tecido e o estojo que protege a extremidade de
Arma branca como a bainha não protege-me mais e
Tudo devido à baixeza que inspira-me e a qualidade
Do que é baixo na imaginação e a indignidade e a
Infâmia que são as minhas companheiras e choro
Baixinho e rezo em voz baixa e oro em segredo e em
Surdina para ninguém ver e não recebo resultados
Satisfatórios como o baio e o cavalo que têm o pelo
Castanho ou amarelo queimado e na verdade mereço
Mais é morrer à baionetada e a golpe de baioneta e
De arma branca de guerra que pode ser adaptada à
Ponta do cano do fuzil e quero deixar bem claro que
Sou um mineiro bairrista e sou uma pessoa que denota
Um orgulho excessivo do seu bairro e da terra na qual
Nasceu e não tenho vergonha disto e não faço nada
Para esconder cada uma das áreas ou zonas em que
Dividi-se minha cidade e deixei uma gota de mim lá e
Tenho um baita amor por Minas Gerais e um enorme
Prazer de viver aqui e uma descomunal felicidade
Em observar tudo que se passa aqui do entardecer ao
Amanhecer e da baiuca e da bodega e da casa pequena
E sórdida à mais sofisticada casa de pasto que possa
Existir e aplaudo tudo que é ligado à mineirice e da
Área baixa e do baixio às montanhas que nos sustentam
E torço pela diminuição do governo central e pela queda
Do preço e do valor do custo de vida e pelo desligamento
Do serviço militar em combate e pelo fim das mortes de
Civis e dos ferimentos e dos aprisionamentos nos campos
De refugiados e de flagelados e por não querer ter a
Obrigatoriedade de servir aos exércitos e torço pelo fim
Dos extermínios dos elementos civis em idênticas
Circunstâncias e o cancelamento e baixa de todo processo
E quero ver diminuída a altura da burguesia e da elite e a
Implementação imediata da Reforma Agrária e com todas
As reivindicações do MST, Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra atendidas urgentemente e a todos àqueles
Que vivem na baixada e no terreno baixio e pantanosos e
Na planície entre as montanhas estender a mesma atenção e
Sem baixar em nada a qualidade e sem pôr mais baixo a
Condição do homem e sem abaixar a situação da humanidade
Ou descer mais ainda a condição ou diminuir de altura e de
Intensidade e expedir ordem com determinação de recolher-se
À enfermaria do hospital e quem não tem baixela ou conjunto
De utensílios de mesa come na gamela com as mãos a fazer
Capitão como fazia a minha avó e no dia em que atravessei
O Rio Doce na balsa de São Tomé do Rio Doce para Galileia
A balsa ficou encalhada no baixio ou no banco de areia num
Fenômeno que se dá em rio ou mar e sobre o qual a água
Tem pouca profundidade e que tem pouca altura ou que
Está quase à tona e o pouco intenso de som e de voz grave
Não se faz ouvir no grito de salvação do rio porém sem
Qualidade inferior e barato por ser do interior e ao mesmo
Tempo útil e não tão vil e nem tão ordinário e que em lugar
Pouco elevado seja o destaque da falta de preenchimento e
Como está a acontecer ao não conseguir passar uma
Mensagem e não conseguir ouvir o baixista no toque do
Contrabaixo na banda preferida e o baixo relevo da obra
De escultura sobre superfície plana na qual os motivos estão
Escavados ou se destacam muito ligeiramente e um baixote
A tocar balalaica o instrumento musical de cordas e de origem
Russa e aí meu Deus ponha-me na balança e ponha-me no
Peso relativo dos corpos e deixas-me na constelação do
Zodíaco e com ponderação e equilíbrio que é do que mais
Preciso e como a relação comercial entre as exportações
E as importações dum país e venhas balançar-me e podes
Oscilar-me e mover-me para um lado e para outro como se
Estivesse no teu colo e ao equilibra-me e ao compara-me
Entre o bem e o mal e entre as coisas sem deixar-me cair e
Nem deixar-me estendido e estenda-me as tuas santas mãos.
Nem deixar-me estendido e estenda-me as tuas santas mãos.
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