Uma vela vela no meio da noite
E uma luz na extremidade da vela
Luz trêmula universal e uma vida
No meio do mundo e sem uma
Vela que vela na extremidade e
Nem trêmula e nem frágil e um
Sol no meio do céu com uma
Claridade embaçada a gerar
Escuridão em pleno sol e penumbra
Em pleno dia e um amor paira no
Meio de tudo e sem ser areparado e
Sem ser cultivado tal uma paz no
Meio da guerra mas encoberta pelo
Ódio e encoberta pela cortina de
Sangue derramado de veias inocentes
E um coração no meio do peito do
Corpo já entortado pela vida pesada e
Uma vela vela a chorar sozinha e a
Derramar lágrimas quentes em mãos
Sem carne e sem ser procurada e
Sem ser elevada e levaram seu
Oxigênio e a luz da vela que vela se
Apagou e um choro de criança vaga
Sem ser ouvido e sem ser amparado
Até cair cansado e até cair morto e
Abandonado num espaço arrebatado
Da natureza numa natureza que
Pertencia ao meio e destruída sem
Receio e sem um pouco de amor ou
De levar alguma luz ou de levar
Alguma cor e uma vela vela no meio
Da noite e sei que tinha uma vela a
Velar no meio da noite tinha uma
Vela no meio da noite uma vela a velar.
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