segunda-feira, 4 de abril de 2022

Antônio Furtado, "Poesias e Crônicas", Um Fato Comun.

Depois de uma noite
Trabalho cansativo
Corpo esgotado
Caindo de sono
Após rápido banho
Indo em direção ao ponto de ônibus
Um casal passeava
Um vira lata fazia companhia
Repentinamente ele me estranhou
Mordendo a minha perna
Bronqueado, o xinguei
Por pouco, o casal não me bateu
Procurei um médico
Na saúde pública
Tomei a vacina antirrábica
Duas doses da tetânica
Doeu até a alma
Braço inchou
Durante um ano
Dei sequência à dosagem da vacina
No coitado do umbigo
Duas espetadas no local de mês a mês
Enfermeira conversando
 - Doe nada!
Chamando-me de frouxo
Recebi o devido médico (atestado)
Doutor o assina validando-o
Tranquilamente comenta:
 - Você se encontra imunizado
Completando :
 - Podes morder os cachorros 
 - Eles não correm risco nenhum 
Soltando forte gargalhada.  

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