sexta-feira, 29 de abril de 2022

Poesia de Paulinho da Viola: Para não contrariar você.

Quem sou eu
Pra dizer que você fica
Mais bonita desse jeito ou daquele?
Quem sou eu? Quem sou eu?
Pra falar mal do seu gosto
Da pintura no seu rosto
Quem sou eu? Não sou ninguém
Cada um trata de si
Seus olhos parecem dizer
Muito bem, eu prefiro não falar
Para não contrariar você
Fico no meu samba
Se quiser, pode ficar
Vou lá na Portela
Mesmo que você não vá
Não darei ouvidos
Se você me provocar
Mas aceito um beijo
Se você quiser me dar
Se você quiser me dar
Quem sou eu?
Quem sou eu?
Pra falar mal do seu gosto
Da pintura no seu rosto
Quem sou eu? Não sou ninguém
Cada um trata de si
Seus olhos parecem dizer
Muito bem, eu prefiro não falar
Para não contrariar você

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