nem um brilhante legado.
Vindo de terras sombrias,
vivo num sonho amparado.
Qual D. Quixote, eu luto
contra os moinhos do mundo.
A fome morde no fruto,
no pomo do amargo profundo.
Canta a ária da ternura
junto ao meu coração.
Sê tu nobre criatura,
faz do lirismo a razão.
Vem e concerta comigo
o concerto de alegria.
Um só acorde contigo
já consagra a sinfonia.
Eu te esperei inteira.
Valeu a pena esperar.
O amor é grão, sementeira
que ensina a gente a plantar.
Sinhá de imensa bondade,
vem me trazer alforria.
Eu mourejo noite e dia
por uma tal liberdade.
Tu és mais que Julieta;
O Romeu não teve assim.
Rima rica borboleta
ninfs Verona de mim.
Meu ataúde tristonho
faz-me um jogral da saudade
que implora o tom risonho
do que chamamos verdade.
Celebrar cantando agors
a ide amorosa da ação
que tem o mago condão
de despertar uma aurora.
Dama de boa família,
minha musa da canção.
Brasileira de Brasília
a donzela do sertão.
Está aberta a temporada
do amor perfeito. Pois é.
O bem é o tudo que até
existe em torno do nada.
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