domingo, 31 de agosto de 2014

Há horas que estou aqui de prontidão; BH, 0300803014; Publicado: BH, 0310802014.

Há horas que estou aqui de prontidão
Não passa um corisco
Um vaga-lume
Como não passa um cavalo arreado
Há horas que estou aqui
Desde antes
Não cai uma estrela do céu
O mar ficou longe
Atrás daquela montanha
Não ouço mais o barulho das ondas
Mesmo quando ausculto o meu coração
Não ouço mais o trem a correr nas linhas
O comboio nos trilhos
Nada mais ouço no silêncio da linha do horizonte
Eram tantas as esperanças
Que não imaginava que iria perdê-las tão cedo
Perdido as perdi no meu peito partido
Peito que doutrora era de menino levado
Menino arteiro
Hoje é de velho leviano
Preso neste outeiro
Lá embaixo vejo as almas na cidade
Todas almas que caíram
Além vejo os espíritos
Todos já passados
Há horas que estou aqui de prontidão
Lá embaixo as luzes da cidade
Os vaga-lumes correm para elas se queimam

sábado, 30 de agosto de 2014

Senhora da Floresta Osmarina Silva vulgo Marina Silva; BH, 0300802014; Publicado: BH, 0300802014.

Senhora da Floresta Osmarina Silva vulgo Marina Silva
Quer se aparentar como algo de novo aos olhos do povo
Eleitor brasileiro aos olhos do povo trabalhador
Brasileiro mas vem a tiracolo dos que mais
Sugam o suor o sangue dos concidadãos do
País Senhora da Floresta que se diz a nova
Política traz no bojo o que de mais nocivo há na
Área econômica o controle dos bancos sobre a
Vida dos cidadãos em especial na pensadora que
Senhora da Floresta segue cegamente Neca
Setúbal sócia do banco Itaú Senhora da Floresta
Diz não precisar de apoio de partidos políticos do
Congresso Nacional Câmara Senad, STF PGR
TCU CGU AGU nada diz não precisar de nada
Para governar que com um passe de mágica
Todos os problemas da nação estarão resolvidos
Muitos dos que estão ao lado da Senhora da
Floresta que também se intitulam de novos de
Que o lado de cá é envelhecido não passam de
Entulhos da ditadura Jorge Bornhausen Heráclito
Fortes Ronaldo Caiado ou a nata do pensamento do
Conservadorismo como o Silas Malafaia entre outros
O que Senhora da Floresta realmente apresenta ao
Brasil é um risco grande de retrocesso obscurantismo

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Llewellyn Medina, Lembrança de minha infância.


                                   Nasci num lugar bem próximo de meu coração
                                   meu país Pau Velho velho já na minha imaginação
                                   não sou cidadão de país qualquer
                                   minha pátria caiu sob Esparta
                                   meu irmão fratricida de si mesmo
                                   está no gênesis e no apocalipse
                                   aí está minha pátria minha patriazinha
                                   não menos está nessa lembrancinha
                                   que teimei de guardar dentro de mim
                                   mas que se enfuna assim  ao esquecimento
                                   lembrança que findará com  a finitude
                                   virtude dos que vivem nesse país de mim
                                   e além da qual existe a quietude
                                   o nada o horizonte possível o nada
                                   minha pátria lembrança guardada.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Simulacros mentais; BH, 0190402001; Publicado: BH, 0260802014.

Simulacros mentais
Externais
Pode-se escrever despido de fé
Sentimento
Paixão
Emoção,
Sensação
Nu?
Uma montanha ferida
Um morro morto
Pode-se evitar a sombra no muro?
A cara de encontro ao murro?
Arrasto pelas paredes a silhueta
Vertigens
Vertigens
Vertigens
Causam-me vertigens
Porque tenho que andar
Com as duas pernas no chão?
Porque não com a cabeça
A saltitar tal um Saci-Pererê?
Sombral
Sombral
Sombral
Som sombra de bral bral
Da lua da luana da lueira
Da lua da luana do luar
Olho para mim prateado réptil
Vejo que já estou morto
A cauda porém inda debate-se
Mexe a levantar a poeira
Elementos da natureza universal
Os átomos
Os prótons
Os nêutrons
Os elétron
Matéria etérea garbosa
Adjetivai causai levantai
Não posso abrir mãos dos fantasmas
Súbitos ocultos tênues
Moléculas a reverberar-se no ar
Penumbra de noite de cego
Vácuo que a luz não pode atravessar
É lenta demais para acompanhar
Manca mula coxa doutro lado
Morte
Onde estás?
Quo vadis covarde
Faça parte deste repasto

Desamoador; BH, 0190402001; Publicado: BH, 0260802014.

Desamoador
Usa o instrumento de ação
De que se servem os calafates para repuxar cavilhas
Pregos
Retira os cravos da carne
Que trago a encobrir ossos nervos
Retira os espinhos da coroa da desamizade
Que trago à cabeça
Falta amizade aos pés
Às mãos
Às marcas de cicatrizes das feridas
O sangue é fresco
A chaga está aberta
O madeiro é pesado
Venho para desamigar
Não sou mais santo
Abro mão de ser o filho de Deus
Vim desfazer a amizade
Tirar pessoa animal
Coisas do seu ambiente
Vim desambientar o meio
Deixar doente com moléstia
Modéstia
No meu reino te tentarei sem abnegação
Vazio de desinteresse
Vives com falta de ambição
Olha a teus pés
Será tudo teu
Dispa-te da desambição
Respira como o que não é amável
Descortês com a humanidade
Pois serás pregado numa cruz
Desamável
Irão passar por cima de ti
Alisar-te a fronte com moitas de espinhos
Irão desamarrotar o teu corpo
Desamolgar-te a alma
Desfazer o teu composto
Igual a amassadura do pão
Para que não levede depressa
É só o levantar de ferro
Mas não é para desamarrar
Não é para desatar as correias das tuas mãos
É para deslocar os teus ossos
Desaferrar teus nervos
Desprender da amarra a tua vida;
Quem irá soltar o que está amarado em ti?
A humanidade não irá desamarrar-te assim odiar-te
Aborrecer o teu espírito como um qualquer
Irás morrer a raça humana deixar de te amar
A te desamar apesar de tudo
Sou o ladrão que não quis estar contigo no teu paraíso
Perdoa o mal amalgamado que não soubeste reparar
Aquilo que estava para desamalgamar
Misturaste mais ainda
Confundiste com desamabilidade os mercadores no templo
Olha para os de hoje
Usam de descortesia contigo de indelicadeza
Não preocupam-se com a falta de amabilidade
Que não os levarão ao teu encontro

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O desenhista desta cena; BH, 0130602001; Publicado: BH, 0210802914.

O desenhista desta cena
É a pessoa que desenha esta sentença
Que sabe projetar esta frase
Formar este período
Dar relevo a esta ideia
Delinear o pensamento
Representar assim a alma
Desenhar assim o espírito
É o que já aprendeu a muito
O desenguiçar do ser
Já sabe tirar o enguiço da máquina
Fazer funcionar
Desenredar o sistema
Como tirar manchas de gorduras da pele
Tirar a gordura do corpo
Ao desengordurar a carne
Quanto ao desconjuntar das articulações
O sair dos gonzos os nervos
O desunir-se dos ossos do esqueleto
Este saberá impedir total desengonçar
Não será o que ginga ao andar
Não será o que tem as articulações lassas
Vivem sem aprumo
Com o ente desconjuntado
O cérebro desengonçado
Ninguém quer desarmar-se
Também despojar-se de si mesmo
Todo mundo só quer é disparar arma de fogo
Todo mundo só quer é desfechar porrada na cara um doutro
Ninguém quer desengatilhar-se
Nem desatrelar-se dos animais da carruagem do mal
Soltar o engate da corrente
Desaperrar sem o dom da violência
Até quando o mundo viverá sem desengatar as marchas
Aceleradas dos celerados?
Até quando a humanidade viverá sem desengasgar-se
Do grito de basta pelo fim da infelicidade?
É hora de tirar o engasgo
Arrancar o peso da língua
Basta de desilusão
Basta de desengano
De desenganar:
Está aí a eutanásia
É para tirar o engano
De adquirir formal certeza
É hora de desiludir-se

Wayne Madsen, Interesses dos EUA e Globalistão de Soros na América Latina.

Dica de Stanley Burburinho:
As eleições presidenciais no Brasil marcadas para outubro estavam sendo dadas como resolvidas, com a reeleição da atual presidenta Dilma Rousseff. Isso, até a morte, num acidente de avião, de um candidato absolutamente sem brilho ou força eleitoral próprios, economista e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Dia 13/8, noticiou-se que o avião que levava Campos – candidato de centro, pró-business, que ocupava o 3º lugar nas pesquisas, atrás até do candidato do partido mais conservador (PSDB), Aécio Neves, também economista e defensor da ‘'austeridade'’ – espatifara-se numa área residencial de Santos, no estado de São Paulo, Brasil. Campos era candidato do Partido Socialista Brasileiro, antigamente da esquerda, mas hoje já completamente convertido em partido pró-business.
Como aconteceu nos partidos trabalhistas da Grã-Bretanha, da Austrália e Nova Zelândia, nos liberais e novos partidos democráticos canadenses, e no Partido Democrata dos EUA, interesses corporativos e sionistas infiltraram-se também no Partido Socialista Brasileiro e o converteram num partido da “Terceira Via”, pró-business e só muito fraudulentamente ainda denominado partido “socialista”.
Já é bem visível que os EUA tentam desestabilizar o Brasil, desde que a Agência de Segurança Nacional dos EUA espionou correspondência eletrônica e conversações telefônicas da presidenta Dilma Rousseff do Partido dos Trabalhadores (PT) e vários de seus ministros, o que levou ao cancelamento de uma visita de estado que Rousseff faria a Washington; e com o Brasil hospedando o presidente russo Vladimir Putin e outros líderes do bloco econômico dos BRICS em recente encontro de cúpula em Fortaleza.
O Departamento de Estado dos EUA e a CIA só fazem procurar pontos frágeis no tecido social do Brasil de Rousseff, para criar aqui as mesmas condições de instabilidade que fomentaram em outros países na América Latina (Venezuela, Equador, Argentina – na Argentina mediante bloqueio de créditos para o país, em operação arquitetada por Paul Singer, capitalista-abutre sionista) – e na Bolívia.
Mas Rousseff, que antagonizou Washington ao anunciar, com outros líderes BRICS em Fortaleza, o estabelecimento de um banco de desenvolvimento dos países BRICS, para concorrer contra o Banco Mundial (controlado por EUA e União Europeia) parecia imbatível nas eleições de reeleição. A atual presidenta era, sem dúvida, candidata ainda imbatível quando, dia 13 de agosto, Campos e quatro de seus conselheiros de campanha, além do piloto e copiloto, embarcaram no avião Cessna 560XL, que cairia em Santos, matando todos a bordo.
A queda do avião empurrou para a cabeça da chapa do PS a candidata que concorria como vice-presidente, Marina Silva. Em 2010, Silva recebeu inesperados 20% dos votos à presidência, como candidata de seu Partido Verde. Esse ano, em vez de concorrer sob a legenda de seu partido, Marina optou por agregar-se à chapa pró-business, mas ainda dita “socialista” de Campos. Hoje, Marina já está sendo apresentada – talvez com certo exagero muito precipitado! – como melhor aposta para derrotar Rousseff nas eleições presidenciais de outubro próximo.
Marina, que é pregadora cristã evangélica em país predominantemente cristão católico romano, também é conhecida por ser muito próxima da infraestrutura da “sociedade civil” global e dos grupos de “oposição controlada” financiados por George Soros, capitalista e operador de hedge fund globais. Conhecida por sua participação nos esforços para proteção da floresta amazônica brasileira, Marina tem sido muito elogiada por grupos do ambientalismo patrocinado pelo Instituto Open Society [Sociedade Aberta], de George Soros. A campanha de Marina, como já se vê, está repleta de palavras-senha da propaganda das organizações de Soros: “sociedade sustentável”, “sociedade do conhecimento” e “diversidade”.
Marina Silva - Olimpíadas de Londres/2010
Marina exibiu-se ao lado da equipe do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. O ministro dos Esportes do Brasil, Aldo Rebelo, disse que a exibição de Marina naquela cerimônia havia sido aprovada pela Família Real Britânica, e que ela “sempre teve boas relações com a aristocracia europeia”.
Marina também apoia com muito mais empenho que Rousseff as políticas de Israel para a Palestina. Como se vê também nas Assembleias de Deus de cristãos pentecostais, Marina participa de uma facção religiosa que acolhe, não raro nas posições de comando organizacional, membros do movimento mundial dos “Cristãos Sionistas”, tão avidamente pró-Israel quanto organizações de judeus sionistas como B'nai B'rith e o World Jewish Congress. As Assembleias de Deus creem no seguinte, sobre Israel:
Segundo a Escritura, Israel tem importante papel a cumprir no fim dos tempos. Por séculos, estudiosos da Bíblia ponderaram sobre a profecia de uma Israel restaurada. “Eis o que diz o Senhor Soberano: Tirarei os israelitas das nações para as quais foram. Reuni-los-ei de todas as partes e os porei juntos na sua própria terra”. Quando o moderno estado de Israel foi criado em 1948, e os judeus começaram a ir para lá, de todos os cantos do mundo, os estudiosos da Bíblia viram ali a mão de Deus em ação; e que nós viveremos lá os últimos dias.
Marina Silva e Marco Feliciano... Parceiros?
Em 1996, Marina recebeu o Prêmio Ambiental Goldman, criado pelo fundador da Empresa Seguradora Goldman, Richard Goldman e sua esposa, Rhoda Goldman, uma das herdeiras da fortuna da empresa de roupas Levi-Strauss.
Em 2010, Marina foi listada, pela revista Foreign Policy, editada por David Rothkopf, do escritório de advogados Kissinger Associates, na lista de “principais pensadores globais”.
O mais provável é que jamais se conheçam todos os detalhes do acidente que matou Campos. Participam hoje das investigações sobre o acidente a National Transportation Safety Board (NTSB) e a Federal Aviation Administration, do governo dos EUA. Membros dessas duas organizações com certeza serão informados do andamento das investigações e passarão tudo que receberem para agentes da CIA estacionados em Brasília, os quais tudo farão para ter o título “Trágico Acidente” estampado no relatório final.
A CIA sempre conseguiu encobrir sua participação em outros acidentes de avião na América Latina que eliminaram opositores do imperialismo norte-americano naquela parte do mundo. Dia 31/7/1981, o presidente Omar Torrijos, do Panamá, morreu quando o avião da Força Aérea panamenha no qual viajava caiu perto de Penonomé, Panamá. Sabe-se que, depois que George H. W. Bush invadiu o Panamá em 1989, os documentos da investigação sobre o acidente, que estavam em posse do governo do general Manuel Noriega foram confiscados por militares norte-americanos e desapareceram.
Dois meses antes da morte de Torrijos, o presidente Jaime Roldós do Equador, líder populista que se opunha aos EUA, havia também morrido num acidente de avião: seu avião Super King Air (SKA), operado como principal aeronave de transporte oficial pela Força Aérea do Equador, caiu na Montanha Huairapungo na província de Loja. No avião, também viajavam a Primeira-Dama do Equador, e o Ministro da Defesa e esposa. Todos morreram na queda do avião. O avião não tinha Gravador de Dados do Voo, equipamento também chamado de “caixa preta”. A polícia de Zurique, Suíça, que conduziu investigação independente, descobriu que a investigação feita pelo governo do Equador encobria falhas graves. Por exemplo, o relatório do governo do Equador sobre a queda do SKA, não mencionava que os motores do avião estavam desligados quando a aeronave colidiu contra a parede da montanha.
Como o avião de Roldós, o Cessna de Campos também não tinha gravador de dados de voo. Além disso, a Força Aérea Brasileira anunciou que duas horas de conversas gravadas pelo gravador de voz da cabine de voo do Cessna em que viajava Campos não incluem qualquer conversa entre o piloto, copiloto e torre de controle naquele dia 13 de agosto. O gravador de voz da cabine a bordo do fatídico Cessna 560XL foi fabricado por L-3 Communications, Inc.de New York City. Essa empresa L-3 é uma das principais fornecedoras de equipamento de inteligência e espionagem para a Agência de Segurança Nacional dos EUA, a mesma empresa que fornece grande parte das capacidades de escuta de seu cabo submarino, mediante contrato entre a ASN (Agência de Segurança Nacional – NSA em inglês) e a Global Crossing, subsidiária da L-3.
Embora Campos não fosse inimigo dos EUA, sua morte em circunstâncias suspeitas, apenas poucos meses antes da eleição presidencial, substituído, como candidato, por elemento importante na infraestrutura política coordenada por George Soros, cria alguma dificuldade eleitoral para a presidenta Rousseff, que Washington, sem dúvida possível, vê como adversária.
BRICS A "pedra no sapato" de Soros, da CIA e dos EUA
Os EUA e Soros pesquisam já há muito tempo várias vias para invadir e desmontar, por dentro, o grupo das nações BRICS. A tentativa de Soros-CIA para pôr na presidência da China um homem como Bo Xilai foi neutralizada, porque os chineses conseguiram capturá-lo e condená-lo por corrupção, antes.
Com Rússia e África do Sul absolutamente inacessíveis para esse tipo de ardil, restam Índia e Brasil, como alvos dos esforços da CIA e de Soros para fazer rachar e desmontar o grupo BRICS. Embora o governo do direitista Narendra Modi na Índia esteja apenas começando, há sinais de que pode vir a ser a cunha de que os EUA precisam para desarticular os BRICS. Por exemplo, a nova Ministra de Relações Exteriores da Índia, Sushma Swaraj, é conhecida como empenhada e muito comprometida aliada de Israel.
Outubro de 2013 - cria-se o "Cavalo de Tróia"
No Brasil, hoje governado por Rousseff, a melhor oportunidade para infiltrar no governo um dos “seus” parece ser, aos olhos da CIA e Soros, a eleição de Marina Silva. Seria como um “Cavalo de Tróia” infiltrado no comando de um dos países do grupo BRICS, em posição para atacar por dentro aquele bloco econômico, mais importante a cada dia.
A queda do avião que matou Eduardo Campos ajudou a empurrar para muito mais perto do Palácio da Alvorada, em Brasília, uma agente-operadora dos grupos financiados por George Soros.
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[*] Wayne Madsen é jornalista investigativo, autor e colunista. Tem cerca de vinte anos de experiência em questões de segurança. Como oficial da ativa projetou um dos primeiros programas de segurança de computadores para a Marinha dos EUA. Tem sido comentarista frequente da política de segurança nacional na Fox News e também nas redes ABC, NBC, CBS, PBS, CNN, BBC, Al Jazeera, Strategic Culture e MS-NBC. Foi convidado a depor como testemunha perante a Câmara dos Deputados dos EUA, o Tribunal Penal da ONU para Ruanda, e num painel de investigação de terrorismo do governo francês. É membro da Sociedade de Jornalistas Profissionais (SPJ) e do National Press Club. Reside em Washington, DC.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

ARTIGO DE LULA: BRICS: Uma Aliança que se Consolida.

BRICS: Uma Aliança que se Consolida, por Luiz Inácio Lula da Silva

Depois de sediar com eficiência e hospitalidade aquele que já é considerado um dos melhores mundiais de futebol de todos os tempos, o Brasil foi anfitrião de outro importante encontro internacional, a VI Cúpula de Chefes de Estado dos BRICS, realizada em Fortaleza e Brasília de 14 a 16 de julho.

O termo BRICS foi cunhado para designar um grupo de países emergentes — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — que tiveram acelerado desenvolvimento a partir da virada do século e se tornaram um dos motores do próprio crescimento global, sobretudo depois de 2008, com a eclosão da crise financeira norte-americana e europeia.

Ao lançar o acrônimo BRICS, o economista Jim O’Neill queria chamar a atenção para as oportunidades de negócios abertas aos investidores globais nessas cinco grandes nações. Afinal, elas contam com quase 40% da população mundial, conseguiram criar fortes mercados internos e plataformas exportadoras e em menos de vinte anos, segundo o FMI, saltaram de 5,6% para 21,3% do PIB mundial.

Essas oportunidades continuam a existir e se tornaram ainda maiores devido aos inúmeros projetos de modernização e expansão da infraestrutura e do aparato produtivo que os BRICS já estão executando ou vão executar nos próximos anos. (Só no Brasil serão investidos até 2018 mais de 400 bilhões de dólares em usinas hidrelétricas, portos, aeroportos, refinarias de petróleo, ferrovias, rodovias, gasodutos etc.). Sem falar no potencial de expansão de seus mercados internos, graças à incorporação ao mundo do trabalho e do consumo de milhões de pobres e excluídos. Tudo isso leva os analistas — apesar da recuperação muito lenta dos países desenvolvidos, que tem impacto conjuntural negativo em todas as economias — a ressaltarem a solidez e as perspectivas favoráveis a médio e longo prazo de todos os países que compõem os BRICS.

As nações do grupo, no entanto, foram muito além da atração de investimentos. Lembro- me de que nos reunimos pela primeira vez em junho de 2009, na Rússia — os Presidentes Medvedev, Hu Jintao, Singh e eu próprio — e decidimos transformar o que não passava de uma sigla em uma efetiva articulação econômica, geopolítica e estratégica para favorecer o crescimento de nossos países e de seus parceiros regionais e, ao mesmo tempo, impulsionar uma nova agenda de desenvolvimento multilateral e de reforma da governança global.

Nossos países já estavam empenhados na integração africana, latino-americana e asiática como pressuposto de um mundo multipolar. Além disso, tiveram papel-chave na criação do G-20, o primeiro foro multilateral relevante a dar o devido peso aos países do sul. E propunham a reforma da velha ordem internacional estabelecida em Breton Woods, em 1944, cuja inadequação às realidades do mundo contemporâneo constitui, na prática, um entrave ao progresso compartilhado do planeta. (Basta dizer que, em 1944, a China estava à beira de uma guerra civil, a Índia nem sequer existia como país independente e quase todo o continente africano era constituído de colônias europeias).

Os defensores do status quo internacional, refratários a qualquer iniciativa que busque tornar mais justa a ordem econômica e política mundial, tentaram desqualificar os BRICS alegando que não se tratava de uma aliança crível, dado o seu caráter heterógeno e “artificial “, que seus membros estão geograficamente distantes uns dos outros, além de possuírem interesses nacionais contraditórios, e que, por isso mesmo, nada de concreto e significativo poderia surgir do grupo.

A cúpula de Fortaleza e Brasília — que teve como tema o crescimento com inclusão social e sustentabilidade — acaba de desmentir categoricamente tais prognósticos. Ela demonstrou que os países emergentes superaram as posturas meramente reivindicatórias do passado e assumiram de vez um papel proativo no cenário internacional. Nela foram tomadas decisões não apenas concretas, mas claramente inovadoras, que vão desde as facilidades de comércio até o combate aos crimes cibernéticos. Mas as principais medidas foram a criação de um banco de desenvolvimento com capital inicial de 50 bilhões de dólares para financiar projetos de infraestrutura e plantas industriais sustentáveis e um fundo de reservas de 100 bilhões de dólares para ajudar os países membros em eventuais crises de liquidez. Iniciativas que reforçam a já sólida situação financeira dos integrantes do grupo, e facilitam a sua cooperação em outras áreas, como a energética e a cientifico- tecnológica.

Essa atitude inovadora estende-se também ao modelo democrático de governança que será adotado pelos dois organismos, nos quais os cinco países terão idêntico peso, com presidências rotativas e deliberações obrigatoriamente por consenso.

Assim como a África do Sul havia feito com seus vizinhos na Cúpula de Durban, a Presidente Dilma Rousseff, cuja determinação e capacidade negociadora foram fundamentais para os acordos conseguidos, convidou para o encontro de Fortaleza todos os chefes de Estado Sul-americanos, deixando claro que a atuação do Brasil nos BRICS se dá a partir do compromisso estratégico que o país tem com a integração regional. Além dos dirigentes políticos, o evento contou também com a participação de centenas de lideres empresariais, sociais e intelectuais dos nossos países.

Não tenho dúvidas de que as decisões tomadas pelos BRICS, além de úteis aos países membros e seus parceiros, terão uma incidência benéfica na própria governança global. Não são medidas reativas, mas criativas; não são contra ninguém, mas a favor do crescimento global e de uma comunidade internacional cada vez mais inclusiva e equilibrada.

(Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente do Brasil, que agora trabalha em iniciativas globais com Instituto Lula e pode ser seguido em facebook.com/lula)

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Blog do Planalto:

Blog do Planalto

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Posted: 19 Aug 2014 08:23 AM PDT
Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2013, divulgados nesta segunda-feira (18) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, demonstram que o rendimento real médio do trabalhador brasileiro cresceu 3,18% em 2013, alcançando R$ 2.265,71 em dezembro contra R$ 2.195,78, registrado em dezembro de 2012.
Os dados da Rais 2013, estudo com dados de empregos formais nos setores público e privado no País, demonstram expansão em todas as regiões, com maior ganho de remuneração na região Sul com +4,52%; Sudeste +3,35%; Nordeste +2,59%; Norte +2,05%; e Centro-Oeste +1,89%.
Nos estados, 23 obtiveram ganhos reais. As maiores elevações ocorreram em Roraima (+6,11%), Piauí (+4,95%), Pará (+4,86%), Paraná (+4,79%) e Rio Grande do Sul (+4,66%).
Gênero
Numa análise por gênero, os números da Rais 2013 revelam que, percentualmente, o ganho das mulheres superou o dos homens. Enquanto o público masculino cresceu de R$ R$ 2.375,58, em 2012, para R$ 2.451,20, em 2013, percentual de 3,18%, as mulheres obtiveram um ganho superior, percentual de 3,34%, com o rendimento passando de R$ 1.953,19 para R$ 2.018,48.
Setorial
Dentre os oito setores de atividade econômica, sete apresentaram expansão nos rendimentos, com destaque para: Agricultura (+6,13%), Extrativa Mineral (+4,76%), Construção Civil (+4,29%), Comércio (+3,63%), Indústria de Transformação (+3,40%) e Serviços (+3,33%), todos registrando aumentos superiores à média da totalidade dos setores (+3,18%). Os Serviços de Utilidade Pública (-3,61%) foi o setor que registrou queda nos rendimentos reais.
Raça/Cor
A Rais 2013 informa também um ganho real de 4,55% nos rendimentos dos vínculos empregatícios dos pretos/negros, que teve um ganho superior aos dos trabalhadores que se declararam pardos e brancos, 3,86% e 3,76%, respectivamente. Os rendimentos médios dos trabalhadores classificados pretos/negros representam 70,12%, em 2013, ante 69,58%, em 2012, daqueles auferidos pelos brancos, indicando continuidade da redução da disparidade entre os rendimentos recebidos pelos respectivos assalariados formais.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
Posted: 19 Aug 2014 05:27 AM PDT
Agenda presidencial
A presidenta Dilma Rousseff visita Usinas Hidrelétricas (UHE) em Porto Velho, Rondônia, na manhã desta terça-feira (19). Dilma visita UHE Jirau às 11h e UHE Santo Antônio às 12h25.
Na parte da tarde, às 15h, a presidenta visita o Sistema de Transmissão Porto Velho-Araraquara.
Os horários das agendas são locais, com fuso de 1h a menos com relação a Brasília.
Posted: 18 Aug 2014 06:09 PM PDT
Ministério do Meio Ambiente detalhou segunda-feira (18), acordo com governos dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais para garantir, até o início do período das chuvas, em novembro, abastecimento de água da região afetada pela escassez da Bacia do Paraíba do Sul.
O acordo consiste em três pontos. No dia 20 de agosto, a vazão do reservatório paulista de Jaguari, que foi reduzida para 10 metros cúbicos por segundo (m³/s), volta a operar em 43 m³/s. Na mesma data, a vazão do reservatório de Paraibuna, também em São Paulo, vai diminuir de 80 para 47 m³/s. A partir do dia 10 de setembro, o Rio de Janeiro vai reduzir a vazão de 165 para 160 m³/s.
Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os ajustes equilibrarão o abastecimento, garantindo com que não falte água na região.
“O acordo objetivou trabalhar as condições de abastecimento dessa população, as condições de gestão dos recursos hídricos na bacia para segurar esse abastecimento e as condições de segurança hídrica, quer dizer, a melhor gestão para prolongar o tempo de vida útil dos reservatórios. (…) Passaremos, em meados de setembro, para avaliar as condições da bacia do Paraíba do Sul. E, se necessário for, proporcionar os ajustes necessários. (…) Com isso, tranquilizar a população uma vez que nós estamos trabalhando duramente para assegurar, nos próximos três meses, as condições de abastecimento daqueles municípios que captam diretamente no Paraíba do Sul”.
A Bacia do Paraíba do Sul abastece 37 municípios, sendo 26 no Rio e 11 em São Paulo. O sistema leva água diretamente para 11,2 milhões de pessoas.
Posted: 18 Aug 2014 05:57 PM PDT
Relatório da Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento (Norad, na sigla em inglês) mostra avanços do governo brasileiro na conservação da região amazônica. De acordo com documento, divulgado nesta segunda-feira (18), houve forte queda na taxa de desmatamento do Brasil e nas emissões de gases-estufa do País.
Projetos financiados com dinheiro norueguês no Brasil estão “traçando o caminho para futuras reduções”, afirma relatório. Segundo a agência, o Brasil teve sucesso em evitar desmatamento de 6.2 milhões de hectares entre 2007 e 2013, impedindo emissão de três bilhões de toneladas de dióxido de carbono.
A Noruega é um dos principais parceiros do Brasil em projetos de conservação ambiental. Com economia fortemente lastreada pela produção de petróleo e gás, o país investiu 10,3 bilhões de coroas (o equivalente a US$ 1,7 bilhão) entre 2008 e 2013 no combate ao desmatamento de regiões tropicais. Só o Brasil recebeu US$ 720 milhões em apoio a programas ambientais.
O país nórdico atua em parcerias com o Ministério do Meio Ambiente, dentro do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em projetos que beneficiam populações que dependem da floresta para sobreviver.
Fonte: Portal Brasil.
Posted: 18 Aug 2014 05:42 PM PDT
Os resultados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2013, estudo com dados de empregos formais nos setores público e privado no País, mostram que foram criados 1,49 milhão de empregos formais no Brasil. O número é superior aos dados de 2012, quando foram registrados 1,14 milhão de empregos. O montante de vínculos empregatícios também cresceu, passando de 47,45 milhões em 2012 para 48,94 milhões em 2013.
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, os dados positivos refletem que mercado de trabalho no Brasil continua em expansão e não há indícios de retração.
“Nossos percentuais em todos os setores da economia são altamente positivos. O País vem mantendo a geração de postos, seguindo o crescimento do PIB. Criamos vagas de emprego e tivemos ganhos reais de salários, como demonstra a Rais”, enfatizou Manoel Dias..
Além do aumento no número de empregos formais, a Rais 2013 aponta, também, aumento nos rendimentos médios dos trabalhadores formais de 3,18% (tomando como referência o INPC), percentual superior ao ocorrido em 2012 (2,97%), passando de R$2.195,78, em dezembro de 2012, para R$2.265,71, em dezembro de 2013. O resultado é proveniente do aumento de 3,34% nos rendimentos médios das mulheres e da elevação de 3,18% no dos homens.
Segundo o ministro, além de traçar um perfil do mercado de trabalho formal no País, a Rais também é o instrumento utilizado pelo governo para identificar os trabalhadores com direito ao recebimento do benefício do Abono Salarial e ajudar na formulação de políticas públicas.
“Ele representa números que vão ajudar os governantes na formulação das políticas públicas, no planejamento estratégico. Ele mostra o quadro real de trabalhadores brasileiros e isso é importante para a orientação do governo e dos setores privados também”, ressaltou.
O relatório mostrou também o aumento no número de estabelecimentos declarantes. Em 2013, foram 8,1 milhões de empresas que informaram dados ao MTE, registrando aumento de 3,5% em relação a 2012, quando 7,9 milhões de empresas repassaram informações por meio da Rais.
Setores
O aumento do emprego formal em 2013 ocorreu em todos os setores, cujo comportamento está atrelado à dinâmica macroeconômica, que foi impulsionada pelo crescimento de 6,3% nos investimentos, 2,3% no consumo das famílias, proporcionado pelo aumento real de 2% da massa salarial e expansão do crédito.
Em termos absolutos, os setores que mais se destacaram foram Serviços, que gerou 558,6 mil empregos; o Comércio com geração de 284,9 mil empregos; a Administração Pública, com 403 mil empregos; a Indústria de Transformação, que gerou 144,4 mil empregos formais; e a Construção Civil, com geração de 60,0 mil empregos com carteira assinada.
Dentre os oito setores de atividade econômica, sete apresentaram expansão nos rendimentos, com destaque para: Agricultura (6,13%), Extrativa Mineral (4,76%), Construção Civil (4,29%), Comércio (3,63%), Indústria de Transformação (3,40%) e Serviços (3,33%), todos registrando aumentos superiores à média da totalidade dos setores (3,18%).
Regiões
No recorte geográfico, todas as Grandes Regiões mostraram expansão do emprego, com destaque para a região Sudeste (550,3 mil postos de trabalho); Nordeste (313,2 mil postos); e o Sul: (285,6 mil postos).
Entre os estados, São Paulo foi o destaque, com geração de 267,9 mil postos; Minas Gerais, com 128,9 mil postos; Rio de Janeiro, que gerou 125,1 mil postos; Distrito Federal com 93,5 mil postos e Santa Catarina com geração de 107,9 mil postos de trabalho em 2013.
Os dados da Rais servem de subsídio para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Previdência Social; permitindo o controle da nacionalização da mão-de-obra e auxiliando a definição das políticas de qualificação profissional; além de gerar estatísticas sobre o mercado de trabalho formal.
Veja apresentação do ministro Manoel Dias
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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Carlos Francisco da Silva, Carta a Eduardo Campos, via CAf.


CARTA A EDUARDO CAMPOS



Eduardo, você não imagina o quanto eu e todo povo pernambucano estamos lamentando a tua trágica e inesperada partida. Temos muitos motivos para isso. Primeiro, pela falta que irás fazer a tua família e aos teus amigos. Depois, pelo exemplo de homem público que representavas para o nosso estado e para o Brasil.

No entanto, eu tenho um motivo particular para lamentar a tua morte. Depois da tua entrevista no Jornal Nacional, eu fiquei com muita vontade de te encontrar, de apertar a tua mão, olhar no teu olho e te perguntar: Quem disse que eu desisti do Brasil, Eduardo? Infelizmente, no dia seguinte, ocorreu o trágico acidente e eu nunca vou poder te dizer isso.

Eduardo, não fui eu, nem o povo brasileiro que desistimos do Brasil.

Quem desistiu do Brasil foram setores da política e da mídia brasileira, quando promoveram o golpe militar de 1964 que mergulhou o nosso país em 21 anos de ditadura militar e que submeteu o povo brasileiro aos anos mais difíceis de nossa história. Inclusive, sua família foi vítima na carne daquele momento, quando o seu avô e então governador de Pernambuco, o inesquecível Miguel Arraes, foi retirado à força do Palácio do Campo das Princesas e levado ao exílio.

Eduardo, você não imagina o que essa mesma mídia está fazendo com a tragédia que marcou a queda do teu avião. Eu nunca pensei que um dia pudesse ver carrascos do jornalismo político brasileiro como Willian Bonner, Patrícia Poeta, Alexandre Garcia e Miriam Leitão falando tão bem de um homem público. Os mesmos que, um dia antes do acidente, quiseram associar a tua imagem ao nepotismo no Brasil choram agora a tua morte como se você fosse a última esperança do povo brasileiro ver um Brasil melhor. Reconheço as tuas qualidades, governador, mas não sou ingênuo para acreditar que sejam elas o motivo de tanta comoção no noticiário político brasileiro.

A pauta dos veículos de comunicação conservadores do Brasil sempre foi e vai continuar sendo a mesma: destruir o projeto político do partido dos trabalhadores que ameaça por fim às concessões feitas até então a eles. O teu acidente, Eduardo, é só mais uma circunstância explorada com esse fim, do mesmo jeito que foi o mensalão, os protestos de julho e a refinaria de Pasádena. Se amanhã surgir um escândalo “que dê mais ibope” e ameace a reeleição de Dilma, a mídia não hesitará em enterrar você de uma vez por todas. Por enquanto, eles vão disseminando as suposições de que foi Dilma quem sabotou o teu avião, e que fez isso no dia 13 justamente pra dizer que quem manda é o PT. Pior do que isso é que tem gente que acredita e multiplica mentiras e ódio nas redes sociais.

Lamentável! A Rede Globo e a Veja não estão nem aí para a dor da família, dos amigos e dos que, assim como eu, acreditavam que você não desistiria do Brasil. Você é objeto midiático do momento.

Eduardo, não fui eu quem desistiu do Brasil. Quem desistiu foi o PSDB, que após o regime militar teve a oportunidade de construir um novo projeto de nação soberana e, no entanto, preferiu entregar o Brasil ao FMI e ao imperialismo norte americano, afundando o Brasil em dívidas, inflação, concentração de renda e miséria. O mesmo PSDB que, antes do teu corpo ser enterrado, já estava disseminando disputas entre o PSB e REDE para inviabilizar a candidatura de Marina, aliança que custou tanto a você construir.

Eu não desisti do Brasil, Eduardo. Quem desistiu foi a classe média alta que vaiou uma chefe de Estado num evento de dimensões como a abertura de uma copa do mundo porque não se conforma com o Brasil que distribui renda e possibilita a ricos e pobres, negros e brancos as mesmas oportunidades.

E tem mais uma coisa, Governador. Se ao convocar o povo brasileiro para não desistir do Brasil o senhor quis passar o recado de que quem desistiu foi Lula e Dilma, eu gostaria muito de dizer que nem eu, nem o povo e, nem mesmo o senhor, acredita nisso. Muito pelo contrário. A gente sabe que o PT resgatou o Brasil do atraso imposto pelo nosso processo histórico de colonização, do intervencionismo norte americano e da recessão dos governos tucanos. Ao contrário de desistir do Brasil, Lula e Dilma se doaram ao nosso povo e promoveram a maior política de distribuição de renda do mundo, através do bolsa família. Lula e Dilma universalizaram o acesso às universidades públicas através do PROUNI, do FIES e do ENEM. Estão criando novas oportunidades de emprego e renda através do PRONATEC e estão revolucionando a saúde com o programa mais médicos.

Eduardo, eu precisava te dizer: não fui eu, nem o povo brasileiro, nem Lula, nem Dilma que desistimos do Brasil. Quem desistiu do Brasil, meu caro, foram os mesmos que hoje estão chafurdando em cima das circunstâncias que envolvem o acidente que de forma lamentável tirou você do nosso convívio. Fazem isso com o motivo único e claro de desgastar a reeleição de Dilma e entregar o país nas mãos de quem, de fato, desistiu do Brasil.

Descanse em paz, Eduardo. Por aqui, apesar da falta que você vai fazer a todo povo pernambucano, eu, Lula, Dilma e os brasileiros que acreditam no futuro do Brasil vamos continuar na luta, porque NÓS NUNCA DESISTIREMOS DO BRASIL.

Carlos Francisco da Silva, de Bezerros (PE)

domingo, 17 de agosto de 2014

Deixarei meu cadáver; BH, 0170802014; Publicado: BH, 0170802014.

Deixarei meu cadáver
Não tenho espírito
Nem tenho alma
Homem nenhum tem alma
Homem nenhum tem espírito
Nem sentido
Deixarei meu cadáver
Para um bom uso
Não deixarei letras
Não deixarei palavras
Homem nenhum tem letra
Homem nenhum tem palavra
Deixarei meu cadáver
Para um mau uso
Não tenho sentimentos
Não tenho virtudes
Homem nenhum tem sentimento
Homem nenhum tem virtude
O cadáver de El Cid ganhou uma guerra
Porque meu cadáver não pode ganhar uma vida?
Ou ganhar uma morte?
Se for um cadáver com sorte
A sorte que não tive na vida
Azar que não terei na morte?
Cadáver deixarei meu cadáver cadáver
Nada mais tenho para deixar
Desfilem-no pelas ruas em carro aberto
Ergam punhos cerrados
Desfraldem bandeiras
Bandas de música
Comoções populares
Impopulares
Ergam meu cadáver como troféu
Não deixarei mais nada
Façam dele uma fumaça
Uma fumaça de Caim
Marquem-no com cicatrizes
Tatuagens
Parecerá ter algum valor de virtuoso
Deixarei o meu cadáver
Sozinho pode virar uma página
Completar uma jornada
Pôr fim à uma história
Que pode ser o começo
Deixarei o meu cadáver
Aos cadáveres que enterram
Seus próprios cadáveres
 Não como derrota
Sim por prêmio duma vitória

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

BOMBA!!! A CORRUPÇÃO DA TV GLOBO:


Demoramos um pouco a lhe responder, pois estávamos aguardando a divulgação da íntegra dos documentos desaparecidos das dependências da Receita Federal. 

Ao final desta mensagem seguem os links com a íntegra destes documentos originais.

A nossa tarefa agora é dar amplitude a divulgação destes documentos para que o maior número de pessoas possa analisá-los utilizando a inteligência coletiva das redes sociais.

Os documentos chegaram simultaneamente a diversos blogs e sites no mundo inteiro.

PRIMEIRA PARTE

SEGUNDA PARTE 


CONFIRA ALGUMAS PUBLICAÇÕES RECENTES

1) BOMBA! A corrupção da TV Globo

2) Vazou tudo! Sonegação da Globo está na web!
http://www.ocafezinho.com/2014/08/15/vazou-tudo-sonegacao-da-globo-esta-na-web/ 


ACESSE TAMBÉM



Twitter MOSTRA O DARF https://twitter.com/Mostraodarf

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Tudo que o homem deveria fazer na vida era revolução; BH, 050802014; Publicado: BH, 0140802014.

Tudo que o homem deveria fazer na vida era revolução
Uma revolução por dia todo dia
Fazer revolução em tudo
Desde o acordar até ao deitar
Em tudo o que pudesse pensar
O homem deveria querer revolucionar
Como um poeta que queira revolucionar
Com a sua poesia
A estrutura literária brasileira
Cada um de nós deveríamos ser um Ernesto (Che)
Guevara de la Serna um Fidel Alejandro Castro
Ruz ou um Camilo Cienfuegos Gorriarán
Cada latino-americano deveria pensar em escrever
Como um Gabriel García Marquez um Pablo Neruda
Um Bruxo do Cosme Velho
Verdadeiros revolucionários da literatura universal
Imagina que maravilha
Se perseguíssemos somente obras de arte literárias
Obras-primas poéticas
Belas artes antológicas
Imagina a felicidade que alcançaríamos
Com a nossa revolução cotidiana
Na mudança do mundo
Para o lado melhor do mundo
O lado sonhado pelos poetas
Pelos filósofos
Pelos livres pensadores
No fundo
O que um revolucionário quer
É o bem comum
Pode até ter uma aparência de guerrilheiro
De terrorista
De homem-bomba
Um soldado fardado universal
Mas o perfil claro dele é a felicidade da humanidade

A vida é assim só quem não se incomoda; BH, 0180190702014; Publicado: BH, 0140802014.

A vida é assim só quem não se incomoda
Com nada é que não se sente incomodado
Israel pode massacrar a Palestina
Com os apoios dos USA da mídia
Chamar palestinos de terroristas
Com a ONU a fazer vistas grossas
Quem não se incomoda é o
Indiferente o insensível que vê no
Brasil o risco da direita raivosa
Voltar ao poder como está no
Governo de São Paulo há vinte
Anos se faz de morto ou se faz
De ferramenta para a entregação
Do país às aves de rapina
Beneficiado por uma democracia
Que é referência no mundo inteiro
Colabora com o processo que
Quer colocar no poder
Justamente os inimigos desta
Democracia desta liberdade de
Expressão das políticas sociais
Dos princípios da igualdade
Da fraternidade mas o bom da
Vida é que há os que lutam a
Vida inteira labutam trabalham
Não são burocratas sedentários
Vão à luta pelos sonhos
Não sonham com pesadelos
Medidas impopulares arrocho
Do salário mínimo flexibilização
Dos direitos dos trabalhadores
Há os que pensam o país livre dos
Vira-latas complexados dos
Lesa-pátria corruptos corruptores
Que entram em clímax quando as
Coisas vão mal para o Brasil a
Vida é assim essas coisas ruins
São coisas da vida

O copo vermelho menino branco de neve; BH, 0140702014; Publicado: BH, 0140802014.

O copo vermelho vazio
Com a colher dentro
Olha-me de lá
A esperar o sorvete do menino
Que não vieram
Nem o sorvete
Nem o menino
O menino é branco de neve
Ficou a tossir no quarto escuro
Onde batalha com as paredes das trevas
Com as paredes de tijolos
Permanece a janela fechada
A porta encostada
Uma música toca num rádio na sala
O branco de neve torna a tossir seco em cima da cama
Penso em todos os poetas que nunca pensaram em mim
Em todas as poesias que nunca me procuraram
Sem saber
Sei que todos os poetas fizeram poemas para mim
Pensaram em mim
Todas as poesias pensaram em mim
Não consigo sorrir
Não me movo
Tudo que me move á a pena imóvel
Que desliza no papel
As letras pingam coaguladas
As palavras fixam-se como manchas de sangue velho
Em pouco tempo tudo se envelhece
Como se fosse algo inorgânico anti neurológico
Por um tempo esqueço do copo vermelho vazio
Com a colher dentro
Do sorvete esperado
Do menino branco de neve no seu esquecimento