Meus camaradas companheiros
Amigos de agruras incongruências
Crueldades poi, todos somos
Cruéis crudelíssimos não há como
Negar gostamos de crueldade
Quanto mais bisonha quanto mais
Bizarra mais excitamos os nossos
Instintos mórbidos meus irmãos na
Fé na fé da maldade de não fazer
O bem de não ser bom na fé que
O amor é simplório que o amor é
Piegas de que não vale a pena
Aumentar o tamanho da alma
Deixa a pobrezinha lá no rés-do-
Chão meus correligionários meus
Confrades da confraria dos
Espíritos penados nós os que
Enriquecemos os que pregam a
Nossa ida para o céu pobres
Nós que não dividimos o pão a
Água quanto mais o nosso vinho
Alvíssaras minhas matilhas de
Lobos das estepes todos famintos
Sedentos de sangue hienas
Trituradoras de ossos somos os
Nossos orgulhos com as nossas
Mãos nodosas nossas peles oleosas
Somos a nossa soberba nos
Ufanamos de nos matar uns aos
Outros vangloriamos de nos
Odiarmos é mais fácil mais útil
Não precisamos de nos esconder
Agora não deveríamos chorar na
Presença da morte na presença
De estranhos chorar quem
Saberá fazer isso?
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