domingo, 23 de novembro de 2014

Alameda das Princesas, 756, 5; BH, 090802012; Publicado: BH, 02301102014.

Os universos estão em festa e os infinitos
Desses universos estão mais infinitos;
Fizeste aniversário, celebraste mais um
Ano de vida, mas és o único astro desses
Caos, que não sabes que fizeste aniversário;
Foste o único que não tomaste conhecimento,
Todos os astros comemoraram  a data do
Teu nascimento; e quem és tu? tu és
Eu e eu sou tu; quem és tu que pões
Em conflito assim a harmonia dos átomos?
Abalas as estruturas eternas, quebras os
Tendões das posteridades e decretas
O fim das imortalidades dos infinitos?
Quem és tu, anjo exterminador?
Quem és tu, predador de eras, de
Épocas, de tempos? quem és tu que me
Tens preso em teus braços e arfas às
Minhas costas como um amante vigoroso,
A realizar seu parceiro passivo e que
Quanto mais tenta se libertar desse
Amante ativo, mais se embrenha nas
Redes; e intrínseco um no outro,
Engendrado outro no um, enraizados,
Tornamo-nos um só genoma; quem és
Tu, fóssil vivo? anti poesia, anti poema;
Quem és tu? anti poeta? não falas nada,
Apenas arfas, rodopias nos redemoinhos;
Balança-te embarcação, nau, navio,
Em meio a violentas procelas e bravias
Tempestades; quem és tu, boiada estourada?
Cavalos selvagens em disparada nos desfiladeiros?
Pedras desgarradas das pedreiras a rolarem
Montanhas abaixo? quem és tu, que de
Soslaio sonda-me das sombras das
Trevas do teu quarto escuro a não entender nada.

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