É quase nada e os anos que se vão
Arrastam nossos dias sem perdão.
E se o que vem à luz vai de vencida,
O que esperas ainda, alma sofrida?
Por que te apraz da vida a escuridão,
Se para alcançar mais lúcida mansão,
Uma asa tens às costas estendidas?
É lá que existe o bem que a alma deseja.
Lá, toda paz por quem o mundo almeja,
O verdadeiro amor, delícia tanta!
E lá, minha alma, te elevando ao céu,
Hás de reconhecer, então, sem véu,
A Ideia da beleza que me encanta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário