segunda-feira, 2 de julho de 2012

Joaquim du Bellay, Ó França, mãe das leis; BH, 020702012.

Ó França, mãe das leis, das artes e das lutas,
O leite do teu seio amamentou-me outrora:
Em busca do redil, como um cordeiro, agora,
Teu nome eu vou dizendo às florestas e às grutas.

Então, cruel, por que sem respostas me deixas,
Se, como filho teu, já fui reconhecido?
França, França, responde a meu triste gemido.
Somente me responde o eco das minhas queixas.

Entre os lobos cruéis, os campos percorrendo,
Sinto chegar o inverno, o seu gelo trazendo
A meu corpo transido arrepio tamanho.

A cordeiro nenhum tem faltado alimento,
Nenhum receia o lobo, a friagem e o vento:
E no entanto não sou a escória do rebanho.

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