sábado, 28 de julho de 2012

Noturno Nº 4; BH, 090702011; Publicado: BH, 0280702012.

No silêncio da madrugada quando
Os grilos dormem os insetos não
Voam qualquer ruído gera um
Barulho murmuro ao sussurro da
Fonte do jardim o que será que
A água quer de mim? não posso
Falar cicia o sussurro num suspiro
Ao meu ouvido a madrugada soluça
Num zumbido de zumbis meus
Ouvidos estão atentos ao latejar
Do vento paira tudo um certo
Momento penso que deixarei
De existir morrerei quando
Não vier a madrugada penso
Que não tenho uma namorada
Para compartilhar o romantismo
Aí assédio a água da fonte cobiço
As névoas noturnas soturno
Espero enquanto Saturno saturado
Não pensa que é eternizado na
Posteridade perpétua duma poesia
Todos os santos dormem os fantasmas
Se recolhem ficam os poetas solitários
A sonhar com namoradas a beijar
Mulheres imaginárias a esculpir
Nos escombros indefinidos corpos
Esculturais de musas divinais
Olho o tempo parado nem sinal
De movimento meus pensamentos
Dormem agora indolentes aqui
Necessitado de companhia sozinho
Nesta encruzilhada de linha do
Horizonte com meu destino das
Paralelas com as minhas passarelas
Um carro estúpido então põe tudo
A perder ao me tirar da solidão

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