quarta-feira, 11 de julho de 2012

Rio Grande do Norte, 916, 51; BH, 0100702012; Publicado: BH, 0110702012.

Críton, pagaste o galo a Esculápio?
Devemos-lhe um galo, pagaste? 
Já não o posso mais pagar; não, inda,
Não, não sei de qual maneira que,
Quererá receber; penso que, talvez,
Seja um belo galo gordo, e assado;
Se vivo, um galo novo, magro,
Para que, possa engordá-lo
À sua circunstância; procurarei nas
Redondezas, nas feiras, nas ruas de
Atenas, os dois tipos de galos, e
 Quando Esculápio estiver inspirado,
Nalgum momento me avisará;
Deixarei os dois no quintal da
Minha casa, até a mensagem chegar;
Críton, Platão informará melhor a ti,
Estejas com ele na Academia, e
Leva-lhe a minha preocupação,
Se devemos um galo a Esculápio,
Devemos pagar sem maior alteração;
Estarei, então, com Platão, na primeira
Ocasião, ficas em paz e em descanso,
Não alteres teu coração, e nem
Perturbes tua sabedoria, o galo
Será pago, e bem pago, morto ou
Vivo, novo ou velho, gordo ou magro,
Cru ou assado, palavras do teu Críton.

Nenhum comentário:

Postar um comentário