segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Não venhas segurar o meu pé durante a noite; BH, 01101202012; Publicado BH, 020202015.

Não venhas segurar o meu pé durante a noite
Não puxes a minha coberta preferida
De madrugada não sentes mais frio
Do que sinto espírito ou fantasma
Sejas lá o que fores não sentes larga
De perturbar-me em vida tive
Perturbações em demasia falei
Imprecações semeei aberrações
Agora no descanso além de gemeres
Soprares aos meus ouvidos vens
Atazanares meu sono? outra coisa
Pares de balançar a cama o que a
Gente balança é berço cama não
É berço para ficares a balançá-la
Assim não parei de beber paraste?
Vou beber até morrer de novo
Alcoólatra é isso a razão dele é
Existir enquanto bebe parou de
Beber parou de existir acabou a
Razão neste diálogo intramuros
De prisões qual é o mais prisioneiro
Do que o outro? sou o prisioneiro
De mim dos meus anseios
Estupidezes já perdeste as tuas
Elucubrações deves viver por
Ora de vibrações reverberações
Enfim tênue gosto desta palavra
Gostas? só não afino na escrita na
Escrita sou um grosso um pé duro
Um perna-de-pau um pé-de-cabra
Não refino nas letras não atino
Nas palavras por mais antigas que
Sejam quando uso agroglifos
Crop circles ou linguagens mais
Modernas renovadora a telepatia?
Bem aí quem sabe um dia

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