quarta-feira, 7 de outubro de 2020

E já andei uns tempos ancado; BH, 070601999; Publicado: BH, 0701002020.

E já andei uns tempos ancado
E derreado pelo tempo pesado
E curvado igual ao macaco que
Foi o meu ancestral passado e
Não herdei nada desse semelhante
E nem evoluí também primata e foi 
Do meu antepassado e da minha
Ancestralidade a cacunda que
Provém a morte e o melhor até
Seria no cangote forte e se tivesse
Continuado a viver igual ao macaco
E muita coisa não teria que engolir e
Nem mesmo as brasas ou guardar
Na lembrança muita convivência
Ruim e o que temos por aqui são
As cinzas dum ser humano ancho
E com mania de amplo e com
Orgulho largo agarrado no arado
Do colonialismo e cheio de vaidade
De louco e que não respeita a 
Ancianidade ou a qualidade e o
Estado de ancião e do velho e não
Olha a pessoa velha respeitável e
Faz da mulher uma ancila e escrava
E serva eterna e que nasceu só para
O amor e hoje só serve para trabalhar
E se fosse macaco não comeria tanta
Carne vermelha e comeria mais
Frutas e mais grãos e sementes e
Talvez até evoluiria mais e comeria
Carne de anchova ou a carne sadia
Doutro peixe e enchova e pescadas
No rio sem poluição e nem sofreria
De ancilose e nem iria ancilosar a
Diminuição e impossibilidade de
Movimento duma articulação e
Longa vida aos macacos descendentes.

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