domingo, 11 de outubro de 2020

Empregado de irmandade; BH, 070801999; Publicado: BH, 01101002020.

Empregado de irmandade
Ou confraria religiosa e que
Distribui avisos ou pede esmolas
De casa em casa e cansei minha
Andadura e meu modo de andar
Sem modo no meu passo de
Cavalo e caiu em minha cabeça
No meio da rua da aldeia global
Um andaime de construção e um
Estrado de madeira suspenso por
Cordas e sobre o qual trabalham
Operários a partir duma certa
Altura e não virei um andaluz ou
Natural de Andaluzia na Espanha
E não andei na luz e no meu 
Andamento que foi o meu
Testamento de movimento musical
E desenvolvimento melódico e na
Marcha dum negócio e da estrada
Segura para a andança do sertanejo
E a andada dos sem terra e o caminho
Dos desempregados e do errante
Andarilho assalariado e desiludido
Andante em busca de vida melhor e
Caminhante sem esperança da
Cadência do andamento musical entre
O adágio e o alegro e o trecho nesse
Andamento andantino e um pouco
Mais vivo do que morto para dar passos
Seguros e andar de pé e caminhar
Livremente no chão e ir dum lugar a
Outro a pé ou a cavalo como se tudo
Fosse numa democracia e percorrer as
Sendas da vida com cidadania e mesmo
Transportado aos caminhos do destino
Mas com soberania de cidadão da
Humanidade e de ser humano a
Transbordar de humanismo e se errar
Não permanecer no erro e prosseguir
Nos trilhos e mover sem correntes e
Funcionar normalmente e trabalhar
Por direito e sem trabalho não se é nada.

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