E vou pedir ao anhangá
Ao Espírito do Mal e
Diabo dos índios tupis
Para não me atrapalhar
E liberar o meu anhanguera
O meu gênio manhoso e o
Meu lado velhaco pois não
Sou destemido e nem sou
Ousado e sou só um anho
Tacanho dum cordeiro
Pronto a ser sacrificado e
Não tenho a coragem e nem
Tenho a fé de me libertar e
De fugir do sacrifício e me
Visto de aniagem que é o
Tecido grosseiro para sacaria
E sou anídrico e seco e não
Contenho água em meu
Organismo nem para lágrimas
E aguardo em meu anidrido a
Substância química proveniente
Teoricamente da desidratação
Dos oxácidos anidros e não
Tenho o anil ou o azul extraído
Das folhas da anileira e doutras
Plantas e quanto mais o do azul
Do céu e estou a ficar senil ao
Não consegui anilar a minha
Vida ou tingir com anil ou dar ou
Tomar a cor da anileira a planta
Da família das leguminosas e sigo
Aniquilado neste anilho preso no
Pequeno aro metálico para guarnecer
Ilhós e a espécie de anel de ferro com
Que se prendem os polegares de
Criminosos transportados sob prisão.
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