E sou um homem angular
E sou referente a ângulo
E tenho forma de ângulo
E de figura geométrica
Formada por duas linhas
Que se cruzam além do
Infinito e sou uma esquina
E sou uma aresta e um ponto
De vista e sou um prisma e
Agudo aguardo menor do que
O reto e obtuso menor que é
Formado por duas semirretas
Que se cortam perpendicularmente
Nos ângulos que tenho
Adjacentes e alternados e só
Sou guloso por ser feliz e viver
Em paz ao fazer o bem mas
Também vivo preso na
Angústia e na estreiteza de
Espaço e estou limitado à
Brevidade da vida e acorrentado
À ansiedade extrema e preso à
Opressão e trago no fundo do
Peito grande aflição e sou um
Ser angustiante e só aprendi a me
Angustiar e a afligir a minh'alma
Que não está cheia de paz e sou
Todo assim angustioso de cheio
De transbordar e me dói a
Angustura que parece que vai me
Matar e a casca febrífuga estomacal
Da qual estou entalado numa
Passagem estreita entre ribanceiras
No fim do abismo onde perdi as
Asas e não posso mais voar aos céus.
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