sábado, 22 de fevereiro de 2014

Portugal, 2949, Hangar, 77, 6, Altas horas da madrugada silêncio nas ruas; BH, 0260702012; Publicado: BH, 0220202014.

Altas horas da madrugada silêncio nas ruas
O vento se recolheu o silêncio tem seus ruídos
São os barulhos da noite os sons da madrugada
Os gritos das altas horas carros são zumbis
Bêbados amparam-se nos muros silvos de assobios
Imperceptíveis assustam mariposas debaixo das tênues
Luzes dalguns postes as mercadorias esperam seus
Consumidores uns querem carne outros querem
Brilhos outros fumaças uns ainda as
Pedras dos caminhos ao longe giroflexes passam velozes
Sirenes ecoam pelos becos vielas seres assombrados
Cosem-se às sombras as sombras às escuridões
Camuflam-se nervosos no voo de veludo dos morcegos
Últimas almas embriagadas namoram espíritos ébrios
Altas horas madrugada solitária, não há casais
Pelos cantos os guetos dormem mas não estão em
Paz são desassossegos o amor evaporou-se dos
Corações aviões rasantes assustam os restantes de
Sustos que cochilam em seus postos de trabalho
Qualquer estalo agora parece quebrar a barreira
Do som as janelas estão fechadas portões
Trancados os portais seus guardiães em alerta
Permanente os movimentos são traiçoeiros no
Escuro todo gato pardo é preto a favor duma
Pequena luz toda sombra é gigantesca assustadora
Temos medo até do arrastar dos nossos próprios
Pés madrugada altas horas olha o boi da cara preta

Nenhum comentário:

Postar um comentário