Passei mal meu rapaz
Café sem açúcar
Comida sem sal água sem gás
Piorou com o prognóstico do doutor
O ator paciente abandonou o palco
Por ordem médica cerveja sem álcool
Onde já se viu polícia militar
Polícia civil vão para a puta
Que pariu corporativismo vil
SUS pus câmaras senado congresso
Nacional judiciário fazem todos as
Cagadas na maior cara de pau
Abri a janela para ver o sol nascer
Mas a fumaça das queimadas
Parecia entardecer
Cheguei a Brasília a rastejar pelo chão
Era o peso nas costas das três corcovas que
Escravizam a nação
Dromedário camelo puxo esta carroça no
Deserto na caatinga na savana patino caio
Igual Cristo na lama
Em cima gargalham quando comem iguarias
Ao povo sobras sobejos da elite
Da burguesia
Não preciso dum que me peça meu voto
Preciso dum que me peça venha comigo
A juntar-se a mais um a acabar com esse perigo
Não preciso de quem quer meu voto sim de
Quem tem a voz ou acabamos com as pragas
Ou as pragas acabam com "nós"
Nenhum comentário:
Postar um comentário