Rude meu coração é rude mas chamei com o
Eco da minha voz as estrelas recém-nascidas
Para dar de mamar
Rude meu coração é rude é pintura rupestre
De paredes de cavernas pré-históricas é
Cipreste milenário árvore genealógica de
Ancestrais pré-colombianos
Rude meu coração é rude raiz abissal que
Despenca das profundezas do céu tronco
Colossal no precipício com copa no fundo
Azul do oceano
Dou balidos nos campos floridos ovelha
Guardador de rebanhos carneiro apascentador
De apriscos
Quanto mais o vento infla minhas velas
Caravelas históricas singram nos meu mares
De volta aos meu portos
Sempre estou disposto exposto às tempestades
Solares aos efeitos das explosões universais
Envelhecido coberto de poeira cósmica
Deixo rastros deitados nos céus dos planetas
Desconhecidos habitados por deuses desconhecidos
Rude enredo, meu coração é um rude enredo
Um pêndulo oscilante duma locomotiva selvagem
Disparada sem controle pelas pradarias suspensas
Nas linhas paralelas dos ventos gerados pelos
Deslocamentos dos planetas
Rude orquestra circunferência sem raio sem corda
Sem eixo sem centro
Rude ensaio, rude geringonça que se fez diamante raro
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