quinta-feira, 19 de maio de 2022

Cantiga para a Feliz Cidade, de JOSÉ IGNÁCIO PEREIRA, O POETA DO CÉU AZUL.


I

Para cantar Belo Horizonte eu quero
inspiração que venha lá da altura. 
Na linha extrema onde o amor espero,
cantar quisera toda a formosura.

O coral das vozes do renovo
canta seu hino à Capital do Bem...
Uai, só! Ó trem bão! Viva o povo!
Nós vamos juntos para o Deus do Amém.

II

Na esquina sonhadora ainda ecoa
promessa de venturas, ai, quem dera!
Na praça calma da conversa boa,
o afeto abraça quem ainda espera.

Na Praça Sete lambo um pirulito,
sendo o garoto que ainda sou.
Vidrado pelas coisas do infinito,
sou assim mesmo. Só cantando vou.

III

Belô é o poema do verso profundo,
sendo também uma razão de ser.
Com o lirismo de um Giramundo,
Belô ajuda a gente a viver.

Um violão declara à noite enluarada
que o sonho é o palhaço da razão.
A serenata vara a madrugada
e chega a se alegrar um coração.

IV

BH é minha aldeia universal,
o mistério que o encanto humanizou.
Na Igrejinha, a poesia essencial
encontra a mulher que me encantou.

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