na minha vida só resta-me escrever
nem sei fazer mais nada só penso que seja o
que escreve sonetos poemas poesias sei que é
um ledo engano de lado de minha telepatia
quem quererá compreender o que um pseudo
telepático psicografador poeta imortaliza nas
paredes do infinito? o que interessa aos mortos
as reminiscências as incongruências dos
imortais? sigo nessas veredas de teimosia de
resistência na luta a colocar todo dia a morte
para correr na arte da minha poesia do tema
para o meu poema um gueto para o meu soneto
na busca da cura para a imperfeição sigo
abençoado pelos astros em conluio com o
universo a deixar pegadas lavradas nas poeiras
cósmicas a tourear as tempestades solares os
tsunamis estelares a cada dia mais perto de
deus cada vez mais distante dos demônios que
atormentam os humores dos homens humanos
a espantar os espantalhos das encruzilhadas
das estradas indefinidas chegar à conclusão
da definição da vida
BH, 0701202019; Publicado: BH, 050502022.
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