Eu não gosto de homem
Da fala, da Cabeça
Na alma menosprezo
A mínima possibilidade de conversa
Eu não gosto de homem
Porém hoje confesso
Que gosto do sexo
Mas a alma não teve progresso
Eu não gosto de homem
Sem plural, sem S
Porque sem exceção
Dificultam o processo
Com as unhas grandes
Não atiro as bitucas longe
Não penetro bocetas
Não lembro seu nome
Parece que fico gostando de homem
Natalia Soares é antropóloga, cozinheira, feminista e sapatão. Escreve suas poesias no Alma sem teto.
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