Inexoravelmente encarnado num adereço de pérgula encantada
A pérola formada inoxidavelmente no útero do tempo
Submerso de manto vacuoso atarantadamente num silêncio
De abismo de exoplaneta onde o eco capenga órfão mudo
A arrastar-se num solo movediço de réptil pré-histórico de
Sangue frio de treva tão densa que lajedo de morto não deixa
Reverberar um movimento em direção a algum lugar da
Inexistência opaca a luz não escapa a energia fica inerte
Numa cinética de sistema inverso ao contrário do universo
Onde as paralelas passeiam de mãos dadas dedos soltos em
Balbos vazios de esgotos sombrios valas negras eruditas de
Súbitos súditos concomitantemente incorrespondidos dos
Espirros de esbirros espirais de constelações cegas
Aglomerados de cemitérios de estrelas extintas descoloridas
As luzes viajam há milhares de séculos infindos pelas
Eternidades de cada um que forma um átomo duma
Partícula duma matéria escura numa anti matéria que não
Formula matéria prima nem conjectura ou equações
Indecifráveis de sigilos absolutos mistérios de quasares
De quântica quanta de nada onde só o nada existe não é
Pagão batizado pelo batistério certidão de nascimento
Com o nome de todos os nomes onde o nada é conhecido
Por onde passa sem deixar pegadas de pesadelos ou
Vestígios de detalhes de sussurros rumores murmúrios sarranhos
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