segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O indivíduo que pensa não faz; BH, 0160302001; Publicado: BH, 090902013.

O indivíduo que pensa não faz
O processo para por falta de assunto não tem peito
De completar o dossiê da natureza a coleção de
Documentos referentes fica incompleta o dossel
Da imaginação como a armação saliente forrada
Franjada que encima o altar o trono ou o leito
Fica desnorteado longe do espírito que não
Ocupa qualquer cobertura a meia altura
Do interior dum repartimento a dosimetria
A medida do que se dá da elevação da
Dose certa de todas as doses que se têm de
Administrar não é igual à porção de remédio
Que se toma duma vez não é tal a quantidade
Determinada de cada substância que entra
Numa composição química ou farmacêutica
É o graduar da luz é o misturar o combinar nas
Proporções devidas a luminosidade com a clareza
Não adianta determinar dosar medicamento
Que se há de tomar regular dosear num
Doseamento duma dosagem não será assim que
Se irá florescer é mais do que tirar um peso do
Dorso é mais do que aliviar as costas do homem
Dos animais é mais do que conservar o reverso
A lombada dos livros tirar a dor dorsal sem
Cortar a nadadeira do dorso dos peixes ao passar
Pela dorneira será o grão na peça do moinho
Onde se põe para ser moído a aparar na dorna
Grande vasilha sem tampa destinada a pisar
Uvas que serve também para transportar o crânio
É um dormitório precisa de mobília é
Um quarto de dormir corredor ladeado de celas
Aposento de comunidade em que há muitos
Leitos não precisa de narcótico, de dormitivo que
Provoca sono pois se cochilar o cacimbo cai da
Boca estar meio adormecido é não estar tranquilo
É dormitar dormir levemente com um sono leve
Ou a pequenos intervalos não é estado de quem
Dorme é o de ter relações sexuais fazer-se de morto depois
Repousar no infinito ser descuidad não
Estar sereno não estar quieto não estar imóvel
No repouso no passar a noite no sono doutro
Lado da lua sem estar entregue por deixar
De estar acordado o ente não é dorminhoco
É ave da família dos adeídos também chamada
Dorme-dorme a alma não é dorminhoca é
Cobra da família dos amblicefálidos venenosa
Serpente viperídea o ser não é dormidor não
É a dorme-maria a dormideira-grande sensitiva
A roda da modorra da sonolência dormida morre
Na pousada em que se pernoita no tempo em que
Durante o qual se é dormente pois ainda
Não morri ainda não acordei nem decepei o
Cordão umbilical das raízes do útero do ventre
Das entranhas das traves cada uma das traves que se
Prega o soalho cada uma das travessas em que se
Assentam os trilhos das linhas férreas herdei das plantas
Cujas folhas se enrolam durante a noite sou um
Estagnado um cadáver quieto um defunto
Calmo de corpo entorpecido meu coração está
Em quietação é a dormência de minha natureza
Na minha órbita em volta do Sol é a insensibilidade
Parcial ou total que sinto em qualquer parte do
Lado obscuro da lua é o torpor que sofro no
Entorpecimento da sensibilidade sensação de
Formigamentos manifestadores na superfície cutânea
Que envolve o meu cérebro demente senil de
Dorme-maria planta da família das leguminosas
Subfamília mimosácea na minha cabeça de medusa
Trago o nome de várias pequenas cobras não venenosas
Pertencentes aos colúbridas pois sonho constituir um
Dório sonho erguer um monumento dórico dentro
De mim com uma das ordens clássicas da arquitetura
Caracterizada pela sobriedade ausência de base na
Ordem dórica no dialeto dos dóricos doravante
Pretendo enxergar de agora em diante pretendo
Ver para o futuro com a visão no passado apesar da
Dor-de-canela da dor-de-corno do ciúme da
Dor-de-cotovelo do despeito da dor de tortos cólicas
Uterinas que sobrevêm às parturientes puérperas
Tudo mais que nos cega como a dor-de-olhos designação
Genérica de várias afecções oculares conjuntivite
Blefarite tracoma as demais todas as cegueiras

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