sábado, 23 de maio de 2020

Caderno Nº 2, Na Avenida; Publicado: BH, 0230502020.

E morava na Avenida
Numa casa bem bonita
Com a amada e filho
A razão e a joia
Do meu viver
E todo dinheiro que tinha
Na avenida tráfego intenso
E todo dia quando voltava do trabalho
Meu filho vinha me encontrar
Mas justamente num dia de Natal
Que tristeza
Não gosto nem de lembrar
Ao me ver com o presente na mão
Do outro lado da Avenida
Precipitou-se sorridente ao meu encontro
É o meu presente
Gritei para ficar onde estava
Mas não me ouvia
Bêbado pelo presente
E naquela hora
A Avenida se tingiu de vermelho
A Avenida se encheu de gente
E meus olhos se encheram de lágrimas
Na Avenida ficou meu filho.

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