Aprimora os punhos e adora-te até o avesso.
Põe os pregos no teu drama
e estira o corpo aqui dentro.
Faz logo um estrado pra essa mania de doer.
O amor justifica aquela
embriaguez,
vai se recapitulando pela linha telefônica,
vem arengando
até dar nisso.
E uma família de aflições siamesmas
também reclama o bocal do registro.
Participo num viver bruto
que confunde as estações
e luxo:
afino o timbre do desejo,
– vaga de sujeito e sem aplauso –
já sou quase um mau romance.
A rua me suja as unhas.
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