Quando se pega numa pena
Não é para se ter pena sentidos
Sentimentos quando se pega
Numa pena pega-se como
Se pegasse numa vara de granito
Num pedaço de carvão de lava
De vulcão milenar ou num caco
De pedra lascada o papel vira
Parede consagrada dos santuários
De cavernas o papel vira pergaminho
Misterioso ou papiro onde se
Registrou o início do universo
Há de se fazer uma reverência
Antes uma oblação uma deferência
Como se estivesse diante do
Maior tesouro jamais visto na
Face do planeta há de se nascer
De novo em alma em espírito
Em ser é um momento tão
Importante de grandeza tão
Exacerbada que fica-se tudo
Pequeno o infinito se sente
Ameaçado é um momento tão
Solene como se fosse o nascimento
Duma estrela não há com
O que se comparar em dimensão
Todas as galáxias conglomerados
De constelações deslocam-se num
Só momento em respeitoso silêncio
Na espera dum protagonismo
Na ansiedade de ser personagem
De ser parte desta obra-prima
Desta obra de arte desta procissão
Só captadas pelos quasares do pensamento
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