sexta-feira, 20 de junho de 2014

Empresarial Nicolau Jeha, 1; BH, 0801002012; Publicado: BH, 0200602014.

E o povo das favelas, das ruelas, dos becos e dos aglomerados
E o povo desprivilegiado, sem cidadania, sem liberdade, ou democracia;
E o povo dos guetos, sem voz, sem razão, sem trabalho, sem educação, pão
E o povo dos morros, dos lixões, das grotas e dos valões;
E o povo sem cultura, sem folclore e tradição
E o povo sem história, sem vitória, sem respeito e sem noção;
E o povo sem direito, sem poder, sem consciência, ou opinião 
E o povo sem saúde, sufocado na burocracia, esmagado pelo estado
E dominado pela burguesia;
E o povo explorado pela elite, marginalizado pela sociedade
E enganado pelo governo;
E o povo preso ao cabresto, temeroso, inseguro e sem garantia 
E o povo sem segurança, vítima do capitalismo
E do neoliberalismo e da globalização;
E o povo sem mídia, sem imprensa, sem jornal, ou televisão
E o povo que rói o osso, mora longe e trabalha longe
E sem transporte adequado;
E o povo minha gente, nossa gente
E o povo sem melhora, sem cura, sem remédio;
E o povo sem benefícios, sem mordomias
E o povo sem um lugar ao sol, sem praia, sem mar;
E o povo sem salário, sem ganhos
E o povo marginalizado, pilantreado;
E o povo sem futuro, sem esperança, sem terra
E o povo sem reforma agrária, sem latifúndio;
E o povo sem fama, que não é pop e não tem holofote
E o povo sem água, sem comida, com fome;
E o povo sem teto, sem hospital, sozinho, solitário, só, sem parente
E o povo morador de rua, sem solução, sem resolução, sem revolução;
E o povo sem caminho, sem rumo, sem norte, sem sorte
E o povo sem líder e que só paga e banca e nada leva em troca;
E o povo que sustenta os bancos, os poderes
E inda tem as verbas desviadas;
E o povo sem verbas, sem justiça, sem direitos
E o povo que superlotam as cadeias e povoam os presídios.

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