E és um louco
Viraste para mim e disseste
E és um louco
E virei para ti e disse
E és um louco
Porém viraste para mim e disseste
E és um doido
E virei para ti e disse
E és um doido
Aí viraste para mim e disseste
E és um maluco
E aí virei para ti e disse
E és também um maluco
Mas viraste para mim e disseste
Um dia vais morrer
E virei para ti e disse
Ambos vamos morrer um dia
E aí calaste
E aí me calei
Dois loucos calados
Dois doidos calados
Dois malucos calados
Dois sujos calados
Só a palavra morte um dia
Gela o rabo da gente
E faz a próstata vibrar e doer
Como se estivesse a latejar de câncer
Só o cheiro da morte um dia
Entope o nariz da gente
E faz a gente sentir falta de ar
E perder noite de sono
Não adianta peidar
Não adianta arrotar
Não adianta contestar
Um dia a morte vem
E vem certa
E leva mesmo
E acaba a loucura
E acaba a ganância
A podridão de querer viver sem amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário