Não esquentar a cabeça
Deixar o mundo se danar
Não lançar a mão no fogo
Não deixar a cabeça estourar
Manter o coração cadenciado
E deixar o organismo acelerar
E nem ficar desequilibrado
Não ficar nervoso
Não ficar com raiva
Não ficar com ódio
A calma é a paz
A paz é a tranquilidade
A tranquilidade é a serenidade
A serenidade é a leveza
Leveza de espírito e de pensamento
Não aborrecer a alma
Não perturbar a mente
Manter amplo e irrestrito
O controle de todo o soma
De todo o conjunto genético
E de todo o fenótipo
Ampliar cada vez mais
As portas da inteligência
Beber a calmaria todo dia
Pacificar e planejar para o futuro
Não atormentar e nem acabrunhar
Não entristecer e nem prantear
Não tumultuar e nem anarquizar
Deixar clarear o ar da cabeça
Deixar aberta a válvula de escape
E escapar da prisão
O ar comprimido do encéfalo
Sorrir escancaradamente
Sorrir despreocupadamente
Esfriar o caldeirão e a panela de pressão
Cuidado com o coração
O negócio é não esquentar
Cada fio de cabelo branco
É uma lição a aprender
Não esquentar a cabeça branca
Não envelhecer o azul dos olhos
Não envermelhar o branco dos olhos
Deixar tudo para lá.
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