quarta-feira, 30 de março de 2022

O que poderia escrever que ainda não foi escrito?

O que poderia escrever que ainda não foi escrito? 
E o que poderia falar que ainda não foi falado? e 
O que poderia dizer que ainda não foi dito? e o 
Que poderia pensar que ainda não foi pensado? e
Nada mais resta a fazer ou a inventar ou a 
Revolucionar e não há mais nada de novo nem
Abaixo dos céus e nem acima de todos os céus dos 
Céus e a humanidade volta-se à desumanidade e 
A razão à desrazão e o sossego ao desassossego e 
Nem as ossadas e os ossos ancestrais e as caveiras
Dos consagrados esqueletos dos antepassados estão 
Resguardados e não sabemos aonde andarão os
Nossos ossos de estimação e perdemos contato 
Com o sobrenatural e assombrações e as culturas 
Alienígenas e extraterrestres e nada mais trará o 
Homem de volta à evolução da espécie e o homem 
Emperrou-se na involução da espécime e não se
Curou e passou as estigmatizações de gerações 
Em gerações e a maldade hereditária e a ruindade 
Genética e a perversidade herdada e volta-se ao
Subsolo do subterrâneo o pouco que se suspirou
De pureza e de clareza e de liberdade e volta-se 
Ao manto da caverna o prisioneiro para ser
Acorrentado às paredes cavernosas dos calabouços 
E não se ouvirá mais os soluços das flores das
Fontes de águas cristalinas e os prisioneiros 
Ficarão prostrados nas lápides nuas envoltas 
Nas penumbras das trevas e engendrados e
Intrínsecos latejarão no casulo com a esperança 
A amadurecer para ressurgir a sorrir no azul. 

BH, 0180802019; Publicado: BH, 0300302022.

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