Do homem vil ruim churro sórdido sujo
Igual a uma lã? do churdo duma churma de gente
De serviços nos navios voluntária ou forçada como
Nas antigas galés suas churmas? não participa de
Churrasqueada nem sabe preparar uma porção de churrasco
Para churrasquear para comê-lo não ser para
Comer o semelhante canibal urbano doce amargo
Biscoito de churro não sabe retrucar vive de chus
Mas não de não dizer nem bus nem mus nem palavra
Por chuvisqueiro por falar de chuva miúda de
Frase por chuvisco o cociente intelectual não
Passa de abreviatura não possui o cyanen do grego
O azul o ciado o que causa o ciúme pois o
Cianicórneo tem pontas de antenas azuis o tal
Cianípede tem os pés o cianirrostro o bico no
Coração só a cianita o mineral triclínico
Silicato de alumínio também denominado
Distênio mais nada ou nada mais agora
Querer dizer que são palavras nossas isso é impossível
Tudo o que dizemos e escrevemos não passam de compilações
De inspirações sugadas noutras fontes o conjunto
Dos conhecimentos relativos dos movimentos musculares
Com objetivos higiênicos na nossa cinesiologia
Não chegam à poesia que é fácil de fazer difícil
De entender compreender o cinesio a imprudência
Do cinesífero a má educação do condutor de veículo
Motorizado a violência do motorista que conhece
Os dados crê vê as estatísticas morre na primavera na
Primeira estrada em viagem ou atropela mata é
O chofer descuidado que não pensa no cinesi do
Grego kinesis nem controla o movimento da
Velocidade a cinese que leva à tumba de
Treva contrária ao cinescópio tubo ou lâmpada de raio
Catódicos destinada à reprodução das imagens de
Televisão onde Hermeto Pascoal mostra a coragem
De ousar com suas músicas quero lembrar que
Uma das coisas que me faz ousar escrever com
Palavras estranhas das entranhas com palavras sem
Fórmulas da medula é justamente a ousadia
Desse bruxo barbudo albino que inventa som
Inventa música invertebrada sem célula sem
Sangue sem defesa sem ataque composta conjunta
Baseada na universalidade de Hermeto Pascoal
Que não tem medo da mídia nem do público
Nem da crítica o próprio é a crítica não
Gosta de nada comum tal o mesmo explicou
É uma música cinesiforme de som semelhante
À cinza que crepita no fogão à lenha um barulho
Cinésio cinzento de cor irreal de cinerário fúnebre
Como algo que contém os restos mortais de alguém
Ou uma cinerária de plantas ornamentais da família
Das Compostas não importa faz cinerar o comum
Reduzir às cinzas os compassos os acordes vivos todo o
Contexto musical normal faz incinerar o som ambiental
Queimar tudo num fogo instrumental sem instrumento
Sigo então no meu cineral surreal no meu montão
De cineração de redução de cinemômetro o indicador
De velocidades dele é mais fácil penso
Mexe com som eu com palavras somos dois
Iguais a um cinemeiro frequentador assíduo de
Cinema ele no som eu nas palavras eu a tentar
Cinematografar o pensamento ele a tentar gravar
As imagens do som sem o cinematógrafo só com o
Poder cinemático da mente com o moviment
Mecânico do espírito com a cinemateca da alma
Pois a alma é um lugar onde se arquivam todos
Os nossos filmes onde se realizam todos os nossos
Seminários conosco mesmos nossos estudios projeções
De nossos filmes que estão fora de circuito ou dentro
Comerciais ou não cinemascope ou não patenteado
No processo comercial cinematográfico de projeção sobre
A grande tela do universo ou ainda a restabelecer-se
As proporções de imagens que se apresentavam deformadas
Por ocasião da tomada das fotografias das ignorâncias
Mórbidas fatais letais cuja cinchonina alcaloide
Que se encontra nas cinchonas não cena
Nem a cínclise o estado nervoso da pessoa que
Pestaneja continuamente faz agitação ao falar
Piscação por tique conosco não só a cinchona
Gênero de plantas da família das Rubiáceas das
Quais se extraia quina a cinchocina entro
No cincho o aro em que se aperta o queijo para
Dar-lhe forma espremer o soro sou espremido
O que sai pode não agradar pode não servir
Para leitura por modelo de literatura mas
Desisto igual a um cinchador a peça de ferro ou couro
Presa à cincha por uma argola que serve para
Amaparar-me a presilha do aço poderá um dia
Ser útil espero igual a cinara o cardo hortense
A alcachofra comestível a cinamomo das Meliáceas
Até servir para alguma coisa a cinabrita, mineral
Cinabre romboíderico cinábrio cinabrino vermelho
Sulfureto de mercúrio minério para cimitarra
Alfanje afiado espada turca de lâmina curva
Larga que apressa a nossa ida ao cinério ao
Local lúgubre infernal sem nos matar vivos
É por isto irmãos que gostaria de deixar algo
Bem cimélio com um objeto raro precioso um
Livro cimeiro que toca no cimo da sinagoga
No alto da nossa existência com inteligência de
Cimeira acrediteis não zombeis gostaria de
Poder deixar algo de alto valor como um ornato
De ouro para capacete o elmo do qual D Quixote
Sentia tanto orgulho por ter pertencido a Mambrini
O amor do cume da Dulcinéia del Toboso mas
O que vos pode deixar um cimbro? um indivíduo dos
Cimbros do povo bárbaro que invadiu as Gálias
No século II antes de Cristo já estamos em 2001 no
Século XXI porém continuo ainda como se estivesse
A dar os primeiros passos na humanidade
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