Sofro por não ter a brilhatura própria por não ter a resplandecência
A brilhância como o grau da luminosidade produzida por um feixe
De luz que incida perpendicularmente sobre uma superfície sofro
Por não ser brigante não ter o espírito valente o coração brigalhão
Preciso ser brigão briguento valentão para a minha afirmação daquilo
Roxo de rixoso valentão só uma brigalhada com quanto maior
Quantidade de brigas melhor há até um samba briga quero
Briga luta quero luta combate quero combate disputa
Quero disputa desavença quero desavença peleja quero
Peleja rixa quero rixa pugilato quero pugilato preciso de
Afirmação ostentação ganhar no brigde no pôquer no jogo
De cartas marcadas sem trapacear bridar o meu medo pôr
Brida em minha covardia enfrear a fraqueza refrear a reação
Contrária reprimir o choro que queira vir coibir o pranto usar
Do bridão do jóquei de forro de briche o tecido de lã na cela é
Preciso brilhar tanto quanto o bricabraquista o negociante próspero
De bricabraque na brica no pequeno espaço quadrado junto ao
Lado direito do brasão da família para distinguir a linhagem dos
Filhos segundos mandarei retirar meu nome se não conseguir
Enfrear a minha angústia se não conseguir acabar com a ansiedade
Que me agarra num briaréu remador centímano um abraço
Mórbido de cem mãos que apertam-me a garganta despem-me do
Brial da veste da vergonha da túnica da justiça da liturgia do brevista
O encarregado dos breves pontifícios que me excomungou em
Brevirrostro com bico curto com brevipene o braquióptero que tem
As asas curtas como um brevípede de pés curtos
Teimei em ser um brevio um elemento químico um metal
De símbolo Bv peso atômico 234 número atômico 91 só
Que meu amigo neste brevilóquio nesta curta exposição
Neste pequeno prefácio nunca conseguirei dizer tudo que
Tenho a dizer sem me perder tenho no meu jardim
Literário brevifloro as flores curtas das letra das frases
Da brevidade do pensamento filosófico na concisão da ideia
A rapidez da vida no tempo a síntese oposta da prolixidade
O laconismo já que não tenho o modo de falar de escrever
Com esta excessiva característica de prolixo de muito longo
Ou difuso não sou superabundante em nada do mais
Demorado mais da metade se joga fora do mais fastidioso
Não se aproveita nem o conciso nem o sequilho o bolo seco
Simples em forma de biscoito na escrita que apresento não
Queirais me brevetar me diplomar em curso de aviação
Não dá para voar é um brete uma armadilha para pássaros um
Logro para os incautos um engano para os leigos se ainda
Absorvesse um estilo bretão do tipo do relativo à Bretanha do
Escritor natural ou do ensaísta tanto da província francesa
Quanto da Inglaterra da Grã-Bretanha não seria réu do
Tecido fino de linho ou de algodão é assim que gostaria de
Escrever com a qualidade do bretangil o tecido de algodão
Fabricado pelos cafres sem necessidade dum breguista o
Empregado ferroviário encarregado dos freios da locomotiva
Desgovernada abandonada pelo guarda-freios não quero
Breque em mim como o da carruagem de quatro rodas com
Um assento alto à frente atrás ordinariamente com dois
Bancos longitudinais fronteiros não quero aquilo que me detém
Igual freio de viaturas de mão ou de pé só sair deste sonho
Brenhoso só sair deste vale cheio de brenhas de trevas de
Morte só construir meu alicerce com o brelho o fragmento de
Tijolo ou de seixo com cada um dos tipos da parte inferior do
Forno erguer a minha casa longe do terreno brejoso fora
Do campo cheio de brejos distante do que for semelhante a
Brejo me deixe nas sombras do quintal brejento deixarei
Brejeirar a poesia que trago em mim praticarei ações de poema
Brejeiro ao vadiar pelas praças garotar meninas moças
Das cidades do interior passearei com todas às margens do
Brejeiral com brejeirada de amor brincadeira de beijos
Garotices de meiguices de carinhos de manhas antes que
Venham à cidade a se transformarem em mascas de fumo
Em brejeiras urbanoides a brejaúba palmeira espinhosa
O coqueiro brejaúva o brejal grande o maior mar da solidão
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