Perdoai-me por ser assim tão fechado
É que sou bicho do mato vivo cercado igual boi bravo
Que não sabe conviver com os outros animais tanto
Quanto não sei conviver com os outros primatas não sou
Uma flor nem sou uma planta tal a boas-noites da
Família das Apocináceas o que não deixa de ser
Uma pena os meus problemas são como a boana um
Cardume de peixes miúdos os bandos de borboletas porém
De difíceis soluções para nós que não as defendemos preciso
Duma obra de defesa originariamente que não seja
Improvisada com troncos de árvores esquadriados que seja
Um blocausse uma firme fortificação mas sem a eliminação
Das árvores sim a constituir uma espécie de
Cabana cercada de paliçada estarei assim bem
Defendido das minhas tempestades dos meus temporais
Das minhas nevascas borrascas furacões tufões outras
Procelas que põem por terra um ser humano combalido
As peças de madeiras que resguardam os operários
Nas obras de fortificações os blindam serão trocadas
Por outras peças que não causem danos à natureza
Com isso ficarei blindado sem ser revestido de
Chapa de aço sem ser encouraçado só fortalecido
Pelo espírito pela fé pela paixão como total
Correção dos meus erros até o bleso o vício da
Blesidade da pronúncia que consiste na substituição
Duma consoante forte por outra fraca na
Cura das sequelas causadas pela vlenorréia a fatal
Blenorragia que sempre me perseguiu durante
Toda a vida que até hoje deixou em mim
Efeito colateral blenorrágico que pretendo curar
Evitar tal a blenometrite o catarro uterino
Todo blenogeno que produz muco incomoda
Envergonha causa asco nojo como todas
As secreções do corpo humano das inflamações
A blenoftalmia por exemplo que acontece na
Conjuntiva palpebral com abundante exsudação
De muco bleno do grego blenna pretendo medir
Toda intensidade em mim como o blemômetro
Que serve para medir a da explosão nas armas
De fogo aquele conceito de blefista que todos
Tinham a meu respeito aquela fama de enganador
Garanto-vos que é coisa do passado estou completamente
Curado superei a blefaroptose a queda da ptose
Das pálpebras a blefaroplegia que é a paralisia
Das mesmas agora comigo só o blau só a cor
Azul a mesma dos brasões a mesma do céu a
Mesma do mar que Gregor Samsa dos Blatóides
De Ortópteros de corpo achatado a blatoide a
Qual pertence a barata olha Gregor Samsa já esmaguei
Com a sola do pé fala com Kafka que venci
Que superei, que acordei incólume do pesadelo
Que solto a voz igual ao camelo saio por aí a
Tagarelar igual criança não paro de deblaterar
Apregoar as minhas transformações gritar as mudanças
Discutir as metamorfoses blaterar a política
Numa discussão de ênfase numa gritaria de se
Fazer ouvir a blateração a quilômetros de distância
Não posso é ser uma blataria planta de flores amarelas
Das Escrofulariáceas num deserto sim ser uma
Blástula uma das primeiras formas embrionárias isto é
Aquela que se segue à segmentação do ovo da vida
O blastômero a célula nua que resulta de divisão do ovo
Fecundado perdoais-me se o que pretendo ser não vos agradais
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