segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Olê mulher bordadeira mulher que faz os bordados; BH, 0100110802000; Publicado: BH, 0150802013.

Olê mulher bordadeira mulher que faz os bordados
Trabalhos que se fazem com agulha fio a atender a um
Desenho determinado sobre um tecido me ensina a
Bordar a bordadura dum bordado na moldura que
Limita a superfície dum objeto não te ensino a
Namorar pois também não sei nem enfeitar o meu
Estilo pastoso como se fosse feito de cal sulfato de cobre
Que se usam no caule folhas de plantas como a fungicida
Da bordalesa do barco que está a bordejar a andar aos
Bordos a cambalear sobre as ondas a mudar frequentemente
O rumo a vela quando o vento não é favorável a contornar
Em redor em círculos perdido no bordejoà deriva sem
Bordo o lado do navio aos tropeções de bêbado que nem
Através de bordoada de pancada com paulada ou bordão
Aprende o boreal decora que fica para o lado do norte
A borda setentrional o enfeite por fios de seda metal pendente
Duma espécie de botão de barrete que tem a
Insígnia de doutorado que defende tese bornal de
Teorias embornal de ideias da preservação da cultura o
Bororo indígena da tribo dos bororos que o branco fez questão
De transformar em borra-botas em indivíduo desprezível sem
Préstimo legado à extinção ao prazer de extinguir destruir
Eliminar matar apagar com fogo abolir erradicar mais
Exterminar como aos demais exemplares silvícolas os povos
Dos seringais os seringueiros exploradores da borracha substância
Elástica obtida do látex extraído da seringueira ou por
Processos sintéticos pedacinhos de borracha especial usados
Para apagar escrita ou desenho como o cassetete que apaga a
Folia a borrachada no lombo que apaga o ânimo
Faz curar a borracheira a bebedeira de cachaça o porre da
Farra do borracheiro que conserta câmaras-de-ar pneumáticos
Enquanto o bêbado borracho fura o bucho do pombo que ainda
Não voa como os mosquitos hematófagos da família dos simúlidos
O borrachudo amarrado pelo borrador livro auxiliar da nossa
Contabilidade preenchido pelo próprio comerciante tipo
Caderno de rascunho o quadro dum mau pintor uma
Pobre literatura dum mau escritor que não escreve sim
Que faz borradura a borrar no papel conjunto de borrões não
A borragem da planta medicinal a cinza quente da
Queimada braseiro misturado com cinza depois do borralho
Na floresta o borrão ambiental a mancha negra como se fosse
De tinta na natureza o rascunho para a destruição de todas
As árvores que será uma coisa extremamente mal feita
Só irá enodar o nosso quadro que não se apagará o que se irá
Pintar o defecar sobre a Amazônia sujar-se com matéria
Fecal ter medo de defender da borrasca infernal o
Temporal com vento forte que não apaga o incêndio
Nem com o acesso de fúria da tempestade no mar
Deixar-me o espírito borrascoso com o prenúncio de ver uma
Árvore queimar não poder nem borrifar nem molhar com os
Borrifos de minhas lágrimas na difusão das pequenas gotas
No conjunto dos fios d'água que saem pelos crivos do regador
Torno-me um borrego igual a um carneiro que tem menos
Dum ano nada posso fazer para impedir a destruição
Sei que há algo de errado comigo ainda não sei o que
É estou com o borzeguim furado com o cano da botina
Aberto sem cordões botões ou presilhas perdido no bosque
Meu coração está em chamas estou em chamas o
Conjunto de árvores nativas cultivadas a selva o fogo
Mata a mata nem esboço um bosquejo nem sei como
Delinear um plano esboçar uma obra bosquejar um rascunho
Que me mostre o que há de errado comigo me
Mostre também como salvar a selva como criar
Uma nova bossa com habilidade inclinação
Natural a aptidão da inspiração o jeito da criatividade
A lábia da inteligência de não ter inchação proveniente
De contusão a não ser a da corcunda do peso da cultura

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