Não sou humano meu coração por exemplo é um caraguatá
Uma planta espinhosa que produz cachos de frutos amarelos
Extremamente ácidos não sou humano minh'alma é um
Caraguatazal persegui matei muito caraíba indígena dos
Caraíbas de grande família linguística à qual pertencem
Muitas tribos do Brasil tudo que era relativo com a
Denominação que davam aos europeus por culpa minha
Arruinei tudo acabei com tudo não deixei um caraipé de pé
As plantas das famílias das Rosáceas raiz arranquei com
Tudo com fome de carambó da rês que tem o chifre torto
Mancomunei como um caramboleiro um embusteiro intrigante
Com carambolice com logro vergonhoso trapaça embuste
De traidor dum povo duma nação duma tribo fui contra
A cultura a tradição os costumes dos nossos irmãos aceitei
Pacificamente a colonização a catequização aceitei o impor
Da religião a mudança de hábitos de cultos ao desconsiderar
Que a perda da identidade própria seria o fim da participação
Do índio na nossa História na nossa formação hoje o carambolim
Que perdemos ao perdê-los é pior do que a perda pior
Simultânea não a de três paradas no jogo do monte
Nem o frescor da bebida refrigerante feita de milho o
Carambum diminui dentro de mim o calor da dor
Dos cardos dos espinhos que trago encravados no
Fundo da consciência quando olho o povo carente
Gerado nesses 500 anos quando olho a criança que carece
Do mais simples direito quando olho o necessitado o carente
Que nem com outros 500 anos conseguirá carear atenção
Atrair a visão da burguesia a atenção da elite granjear a justiça
Social negada pela oligarquia conduzir o próprio destino à justiça
Tentar obter o direito sem conseguir sem acarear sem
Confrontar com os interesses da classe dominante só
Resta-me chorar um pranto careador que porém não emociona
Não causa sensibilidade nem quando é confrontado com
A miséria dum lado a riqueza doutro nem quando
É careado com a pobreza dum lado doutro a fartura
Com toda careação que contrasta com toda acareação que é
Feita o lado de cá não passa pela carduça não vou ver a
Força do carduçar do carduçador que segura a corda
Grosseira para começar a cardadura de cardiovascular
A cardiosclerose a cardioplegia a esclerose a paralisia
Do coração é por isso que o desequilíbrio continua nem
No vaso carrego flores que têm pétalas em forma de
Coração um buquet cardiopétalo de cemitério não sou
Humano sou cardiopático condutor da cardiopatia a
Designação genérica das afecções do coração enquanto
For assim a minha cardiopalmia as palpitações cardíacas
Não livrarão da extinção o que ainda resta dos nossos
Índios suas nações fui a um cardiográfico não
Soube descrever nada do que acontece comigo não
Soube explicar a causa da cardiocentese da punção
Que deixam meu peito aflitivo não explicaram a hérnia
Cardiocele do grego kardia o cárdio que bate quem
Escuta fala não é de humano é de família de cardeal
De cardinalista conivente com dignidade de cardinalado
Que tirou do meio ambiente o inocente o lançou à
Cardina feita pasta de imundície aderente à lã ou
Pelo dos animais igual a sujidade na pele das pessoas
Tratar o pobre como se fosse um cardim um
Touro de pelo branco preto teve maior importância do
Que o cardiffe o carvão-de-pedra procedente de Cardiff
Inglaterra é esse descaro abusivo gritante que faz
Aumentar cada vez mais a minha cardiectasia a
Dilatação total às vezes parcial do que chamam de
Coração o que trago a bater aqui dentro do peito
Prefiro morrer carbonizado ser totalmente reduzido a
Carvão depois à cinzas virar carborundum com
Nome registrado de produto usado como abrasivo
Constituído de carboneto de silício do que continuar
A viver assim virar carboxila no grupamento que caracteriza
Os ácidos orgânicos a carboxilase diástase que no decorrer
Do metabolismo retira o grupamento carboxila do ácido pirúvico
Que assim se torna aldeído acético carboxílico que contém
Radical tal carbúnculo doença infecciosa comum aos
Homens aos animais também chamada pústula maligna
Edema maligno antraz maligno granada nodular o mesmo
Que toque o cubunculoso que Deus livra-nos faze-nos
Encontrar o coração a rocha silenciosa com veios de ouro
Para encher a nossa cabeça onde guardamos os nossos objetos
Mais valiosos não deixar vazia a nossa caixa de pensamentos a
Nossa aljava de ideias carçás de liberdade distante da
Carceragem para que encarcerar se os presos pagam
Quantias ao carcereiro não podemos ser indeiscentes temos
Mesmos que abrir na época da maturação ou fora dela
Dar liberdade à nossa carcérula nossa cavidade como se
Fôssemos bons frutos tudo que cause a carcinogênese a
Produção desenvolvimento de carcoma de câncer de
Carcinoide não a de crustáceos camarões impedir a que
Forma o tumor maligno do cancro livra-nos a todos
Senhor do mórbido carcinomatoso do estado de quem
Está atacado de carcoma do estado do que sofre de
Câncer do que está canceroso dá-nos a cura a saúde
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